Um dia um amigo meu me apareceu com esse livro e eu me apaixonei pelo título: Dicionário de Pequenas Solidões. "Pequenas solidões"! Achei fantástica essa construção. E não é só isso, é um livro vermelho, com folhas azuis, e há um elástico na contracapa que dá pra envolver o livro como uma agenda, ou um diário.
Sabe aquilo de "não julgue um livro pela capa"? Pois é, eu julguei, achei que o livro seria fascinante, e sabem qual foi minha surpresa? Era mesmo. Aqui está a capa do livro:
Trata-se de um livro de contos (nem todos são exatamente contos, alguns se enquadrariam em crônicas) que narram a vida social, urbana, discussões filosóficas, traumas de infância, conflitos, tudo isso utilizando uma construção narrativa com uma poeticidade belíssima. Cagiano consegue dar às personagens discursos que permeiam a solidão, o arrependimento, o trauma. Retratos de experiências vividas e de segredos que são contatos em silêncio. Talvez sejam essas as pequenas solidões.
Termino com um comentário do nosso consagrado Ignácio de Loyola Brandão sobre Cagiano:
"É um autor que conhece os atalhos e percorre a estrada com serenidade, indignação, raiva, humor, sarcasmo, passando aqui pelo trágico, ali pelo dramático, lá pelo ridículo, pelo sublime, pelo prosaico. [...] Cagiano, um escritor que te prende na primeira página. Não acredite, confira. Abra e veja se consegue parar."
