A rainha de Tearling - Erika Johansen


Kelsea era a princesa coroada de Tearling e estava fazendo dezenove anos, a idade em que os monarcas de Tearling ascendiam ao trono desde a época de Jonathan Tear.



Quando eu vi esse livro e a ampla divulgação da Suma de Letras, confesso que fiquei bem interessada em ler.

A rainha de Tearling conta a história, inicialmente, da princesa Kelsea que vive em uma cabana com os seus pais adotivos, Barty e Carlin. Aí você se pergunta: Que pais são esses que abandonaram a menina? Mas calma. Tearling era um reino muito confuso, onde a realeza a todo tempo estava sendo ameaçada e atacada. Por conta disso, a rainha Ellysa enviou sua filha para viver nesse local longe de todos para tanto preservá-la quanto para manter a herdeira do trono salva. Sobre o pai da princesa... Ninguém sabe quem é e todos ficam se questionando.
Ela fora levada da Fortaleza quando mal havia completado um ano de idade e não tinha lembrança alguma de sua mãe verdadeira.

A história também envolver magia, já que a princesa possui um par de safiras que inicialmente ela não sabe para que serve, mas a que está desde o dia que nasceu pendurada em seu pescoço e futuramente, Kelsea começará a entender as suas propriedades mágicas. Pois bem, o início do livro é a jornada da princesa sendo resgatada pela guarda do reino e indo para Tearling. Assim, como no início do reinando, o grupo que escolta a nova rainha é atacado e me perdoe, viu? Mas sabe aquela ideia que se passa de uma heroína, que ela passa por tudo, vê a cara da morte, mas não morre? Pronto! É basicamente ela.
O Tearling não é um reino grande, mas abrange uma ampla variedade geográfica e climática. [...] Com o passar dos anos e o progresso do Reinado Vermelho de Mortmesne, os monarcas tear observaram essa região com crescente inquietação... e por um motivo válido.

Se não bastasse isso, a rainha Elyssa, quando viva, assinou um tratado de "paz" com a Rainha Vermelha (pertencente a outro reino), em que todos os meses seria enviado uma remessa de habitantes de Tearling para que a Rainha Vermelha (o nome ela não revelado) não invadisse Tearling. Futuramente, quando Kelsea começa a saber dos assuntos do reino, inclusive desse acordo, ela manda parar com as remessas. Daí acontece duas coisas: 1- o povo passa a adorar ela, já que ela é bem diferente da mãe; 2- outra parte fica apavorada, pois se a Rainha Vermelha não receber a remessa, Tearling será invadida.
O assassino puxou o pingente de safira entre os seios dela, mas a corrente se recusou a ceder.[...] Era um dom; seu medo se dissolveu rápido e sem vestígios.[...]A cada puxão, Kelsea ficava mais furiosa. A safira não queria partir.

Bem, a história é basicamente essa e você fica naquela expectativa do que vai acontecer, se Tearling será invadido, os poderes da safira e sem contar que entre a guarda real há um traidor, então o livro nesse sentido, consegue prender o leitor. Por outro lado, eu achei o livro oscilava muito. Tinha momentos em que a pessoa ficava presa e não conseguia largar, outros momentos se tornava uma leitura arrastada. Algumas coisas não foram esclarecidas e a tamanha expectativa sobre o duelo entre Kelsea e a Rainha Vermelha (já que o livro vai dando a entender que acontecerá) quando vê... Puff(Não vou dar spoiler)! Tenho que ler a continuação para saber o que não foi esclarecido nesse primeiro livro, se é que será esclarecido. Outra questão que me deixou confusa é com os nomes dos personagens, são tantos e tão sem aprofundamento que tinha hora que eu não sabia quem era quem.

Outra coisa, eu pensava que essa história se passava no período medieval, já que não tem armas, as lutas são de espadas, os locais são iluminados por tochas e pans. No entanto, chegou um hora em que ela indicava livros de "Harry Potter" e "O Hobbit" aos filhos de sua empregada e eu passei assim e pensei: Oi?

Haviam encontrado os sete volumes de J.K.Rowling sem nenhuma ajuda, mas nunca brigavam.
Ah! Lembrei de mais uma. Tem uma parte em que o tio pilantra de Kelsea é chantageado a contar toda a história, ele acaba contando tudo para o outro personagem, mas o leitor não fica sabendo de nada. Sabe aquelas cenas de filme em que duas pessoas começam a conversar, começa a tocar uma música e a pessoa não sabe o que foi falado? Pronto! Me senti do mesmo jeito, a diferença é que no final a pessoa saberá mais a frente e no livro não.

Bem, foi isso. A leitura é legal, mas não vá com muita sede ao pote, vá lendo sem criar muitas expectativas.

A rainha de Tearling - Erika Johansen
Suma de Letras
352 páginas
Livro cedido pela editora
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2 comentários

  1. A Rainha de Tearling tem uma premissa diferente e um pouco confusa também. A autora inseriu muitos elementos que fazem referência a gêneros diversos para criar esta história e estou com um pouco de receio em ficar perdida durante a narrativa. As descrições físicas da protagonista, mesmo indo contra os padrões esperados para as princesas, tornam ela mais real e uma personagem mais aceitável. Gostei de ver que ela é uma personagem justa, pois não foi corrompida, durante sua criação, pelo poder e política. É um trilogia muito promissora e espero que a editora não demore a lançar as sequências.

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  2. Danila!
    Confesso que pela capa e pelo título, achei que o livro era um romance histórico e que bom estar enganada, porque gostei demais dessa fantasia distópica, principalmente por mostrar uma protagonista que mesmo exilada por anos, consegue manter sua postura e tomar decisões corretas, lutar por seu reino.
    Adorei!
    Semaninha de muita luz e paz!
    “Todo o nosso saber se reduz a isto: renunciar à nossa existência para podermos existir.” (Johann Goethe)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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