Tenshi - Luciane Rangel


Título: Tenshi
Autora: Luciane Rangel
Editora: EraEclipse


Seria ele um anjo? Que outra explicação teria para aquele garoto surgir do nada em seu caminho, caído, ferido, frágil e desmemoriado, bem na noite de um tradicional festival? Ao encontrá-lo, a possibilidade de ajudá-lo se torna um escape para Umi, uma adolescente que enfrenta no dia a dia as dificuldades de ser diferente. E assim ela acaba, sem perceber, se envolvendo em um novo sentimento. Enquanto se esforça para descobrir quem é o misterioso garoto desmemoriado, os acontecimentos inesperados daquele verão também levam Umi a descobrir mais sobre si mesma.

A difícil missão de ser leitora beta. E ainda por cima dar uns pitacos na revisão. Sinceramente, não sei onde eu estava com a cabeça quando aceitei. Um dia fui dormir quase 2h da madruga pra acordar às 5h. Mas é assim, né? A gente gosta, não tem como! Depois de ler Guardians (peraí que tem outro link), eu estava curiosíssima pra saber o que viria no livro novo. E pelas estrelinhas dá pra ver que eu gostei, né?


Como vocês já sabem (ou deveriam saber, se tivessem lido ao menos as resenhas de Guardians), a Luciane se inspira na literatura japonesa. Na verdade, vai um pouco além: a louca faz Letras Português-Japonês. Deu pra reparar que ela AMA o Japão. E com Tenshi não podia ser diferente. Seguindo a linha de Guardians, a história se passa no país da bandeira branca com o círculo vermelho, tem aqueles nomes complicados de falar e decorar, além de ilustrações (yeah! voltando à infância lendo livro ilustrado) em estilo anime. Mas as semelhanças param por aí.

Umi não tem nada na aparência que remeta aos traços orientais: loira, olhos claros e arredondados, corpo não-esquelético. Aos 5 anos, foi adotada por um casal de japoneses que não podia ter filhos, e sofre preconceito por ser uma estrangeira. Só tem 2 amigas: Natsu, a meio-japonesa-meio-americana que idolatra os EUA e não tem a menor noção de modéstia, e Kaori, a antissocial que só abre a boca pra chamar os outros de idiota.

Eis que um dia, nossa protagonista esbarra num menino deitado no meio da rua, totalmente sujo e desmemoriado - não sabe o nome, a origem, por que está naquela situação... "Eu não sei" é a frase preferida do menino sem memória. Umi começa a chamá-lo de Aki. E aí começa o desenrolar da trama, pra descobrir quem é o tal garoto, por que ele estava naquela situação e tudo mais.

No início, Umi é completamente apaixonada pelo professor de biologia, irmão de Kaori, mas a convivência com o Aki causou uma certa bagunça nos sentimentos já confusos da loirinha. Não dá pra não ter um romancezinho, né, gente?

A narração varia entre 1ª pessoa (Umi) e 3ª pessoa. No início eu fiquei meio perdida, mas depois engrenei. E, depois que você para pra prestar atenção, as narrativas da Umi são grafadas em itálico, então nem confunde.
Os desenhos da Ana Cláudia Coelho ficaram lindíssimos, dá pra ver o quanto ela evoluiu de Guardians pra cá. E genteeee, que capa é essa? Coisa mais linda do mundo, né? É muito amor!!!

Não posso falar sobre a revisão e a diagramação porque eu fui beta, né? Mas enfim... Tenho certeza de que será um sucesso.

Vou colar aqui embaixo o que eu escrevi pra Lu colocar no capítulo extra "Opinião dos leitores":

Tenshi nos mostra uma realidade muitas vezes mascarada pela mídia: a ingenuidade na adolescência. E, com isso, trabalha temas importantes, como bullying, amizade e sentimentos familiares. Não é um livro "de menininha", podendo facilmente ser degustado pelo público masculino. Em meio a gargalhadas e momentos apreensivos, aproveitei uma leitura prazerosa, que me envolveu e conquistou com seu misto de sutileza e relevância. Tenho certeza de que Tenshi encantará a muitos outros leitores.

Pois bem, mais uma semelhança com Guadians. Assuntos importantes são tratados no livro, fazendo-nos refletir. A questão da adoção e do medo de que os pais engravidem, por exemplo, foi algo que me deixou com o coração na mão, que me fez viver todo o dilema de Umi. O lance do bullying, tão atual e debatido, ganhou espaço. E uma das coisas que mais me comoveram foi a amizade entre as 3 meninas, que aparentemente não tinham nada em comum.

Acho que é isso. Estou ansiosíssima pra publicação. Entre você também na nossa campanha pra ter Tenshi em mãos!!!


PS: Não marquei quotes porque estava revisando. O cérebro só consegue focar em uma atividade por vez. kkkkkkkkkk

[Atualizado]

Tenshi foi publicado em março /2014 pela EraEclipse. Parabéns, meninas!!! \o/