Infinita - Jodi Meadows

Esta resenha pode conter spoilers dos livros anteriores.
Almanova
Almanegra



Título: Infinita (Incarnate #3)
Autor(a): Jodi Meadows
Editora: Valentina
Nº de páginas: 334
Onde comprar: Submarino | Saraiva | Casas Bahia
Nota:

DESTRUIÇÃO

O Ano das Almas começa com um terremoto — um chacoalhar alarmante nas entranhas da terra —, e esse é apenas o primeiro de grandes perigos que estão por vir. A caldeira de Range está se preparando para entrar em erupção. Ana sabe que com a aproximação da Noite das Almas, não só Heart como tudo em volta estará em risco.

FUGA

Embora assustador, o exílio de Ana pode ter chegado em boa hora, principalmente se ela conseguir convencer seus amigos a deixarem Heart e Range também. Eles precisam partir para o norte em busca de respostas e aliados para deter a ascensão de Janan. E, com um pouco de sorte, as Almanovas ficarão a salvo de qualquer mal.

ESCOLHA

As almas antigas podem ter esquecido a escolha que fizeram para garantir suas infinitas reencarnações, mas Ana sabe muito bem qual o preço a pagar por elas. No entanto, o que ela não sabe é se terá a chance de terminar esta sua única vida com Sam, especialmente se retornar a Heart para tentar deter Janan de uma vez por todas.

Resenha dupla com a Mirelle, do blog Recanto da Mi

O Ano das Almas começou. Agora faltavam poucos meses para Janan ascender, se tornar imortal e destruir o mundo. Depois de descobrir o segredo acerca da reencarnação das almas antigas, Ana decidiu fazer de tudo para impedir Janan, mas isso também significava o fim da reencarnação, a morte definitiva de Sam e daqueles que a garota amava.

Apesar de dividida, Ana sempre soube o que era o certo a se fazer. Após ser exilada de Heart, se reuniu com os amigos e arquitetaram um plano de fuga que quase não deu certo por causa de Deborl e seus comparsas.

Ana precisava voltar ao laboratório de Menehem, recolher o veneno que estava sendo produzido para tentar um novo escurecimento do templo na Noite das Almas, e encontrar as sílfides e Cris, para compreender o que elas eram e se poderiam ajudá-la.

Depois de enfrentarem muitos perigos na floresta, toparem com trolls, centauros e dragões, quase morrerem de frio, Ana, Sam, Stef e Whit decifraram os textos dos livros das fênix que contém informações sobre a arma secreta que eles devem utilizar para alcançar seus objetivos. Restará saber se eles terão sorte o suficiente e se chegarão a tempo e vivos antes de Heart ser devastada.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler.

Logo que li Almanegra, fiquei desesperado para conferir o final dessa história, já que a autora me deixou com tantas dúvidas. A sorte é que logo em seguida Infinita foi lançado, e eu tratei de devorá-lo em poucos dias.

Começando logo depois de onde o seu antecessor acabou, nos deparamos com Ana, ainda mais forte e determinada a pôr um fim no tiranismo de Janan, o devorador de almas. Ela não tem exatamente um plano para fazer isso acontecer, apenas uma ideia do que quer fazer, mas sem saber direito como. Independente, Sam e seus amigos não a questionam e a seguem cegamente para fora de Range a fim de buscar por respostas e aliados para impedir Janan de ascender.

Ana está convicta de que, independente do que ocorra, todos irão morrer. O vulcão adormecido abaixo de Heart está quase entrando em erupção, o lago secou e os tremores de terra estão cada vez mais constantes. Se isso não bastasse para acabar com a região, no momento em que Janan voltasse, ele não reencarnaria mais ninguém, portanto, a partir daquele momento, se alguém morresse, seria para sempre. E é óbvio que isso afetou o âmago das almas antigas.

Sam estava acabado, principalmente depois que descobriu o segredo que Ana escondeu dele. Afundado em culpa e vergonha, e com medo do que seria dali para a frente, se fechou em um casulo de autocomiseração, me fazendo quase que detestá-lo. Sam para mim sempre foi um herói, um exemplo de homem, alguém que eu admirei desde o princípio a ponto de quase roubar o meu coração do Lucius.

Suas atitudes, ou a falta delas, já me irritaram bastante em Almanegra, mas em Infinita, me tiraram do sério. Por um lado eu o compreendo. Imaginem como seria vocês viverem cinco mil anos para descobrirem que aquela era a sua última vida. As almas antigas sempre temeram a morte por ser algo desconhecido, e quando o primeiro escurecimento do templo lhes mostrou que havia a possibilidade de nunca mais voltarem, deixou a todos em polvorosa.

Menos à Ana. Ela sempre soube que não iria reencarnar e, justamente por isso, não tinha medo de morrer, ao contrário, ela queria viver aquela vida em sua plenitude, dar o seu melhor e salvar quantas almas fosse possível. Sua coragem foi palpável, e as cenas nas quais ela enfrentou perigos sem nem titubear, apenas acreditando em si mesma e no seu potencial, me fizeram aplaudi-la.

Nesta trama, novamente narrada em primeira pessoa, tivemos um aprofundamento maior dos seres místicos que habitam o planeta, e isso deu todo um diferencial ao texto. Simplesmente adorei o relacionamento que se criou entre Ana e as sílfides, bem como saber mais a respeito desses seres incorpóreos sempre tão temidos. Os dragões e as fênix também tiveram o seu destaque, e o fato da Ana encará-los sem um conceito prévio nos mostrou o que uma alma nova e pura é capaz de fazer.

Mas é claro que o grande protagonista da história foi a música! Digo que foi arrepiante a forma com a qual a autora trabalhou esse elemento, colocando a música como uma linguagem universal, capaz de ser compreendida e admirada por qualquer ser vivo. Ela também foi a responsável por acalentar a alma, transmitir esperança e combater o mal.

O único motivo pelo qual Infinita perdeu uma estrela na minha nota foi o fato de o final não ter me convencido. Achei fraco, sem sentido e sem emoção. Não estou certa do que eu esperava, e se eu tenho algum problema de interpretação de texto, mas quando o livro acabou, simplesmente não entendi o que aconteceu. Li, reli, e fiquei com cara de tacho no estilo: era isso? Uma pena, pois Jodi tinha um grande potencial em suas mãos.

Independente do ocorrido, o desfecho não desmerece a trilogia que é simplesmente fantástica. Principalmente em Infinita, a autora tocou o meu coração ao trabalhar temáticas tão importantes, como as dúvidas acerca do que ocorre depois que morremos, o luto que sentimos quando as pessoas que amamos se vão para sempre, o preconceito que construímos acerca do que não compreendemos e daqueles que são diferentes aos nossos olhos e da importância de sempre fazermos o certo independente das consequências.

Para aqueles que leem em inglês, aproveitem para comprar o ebook Phoenix Overture, que conta como todo o sistema de reencarnação começou e por que, assim como era a vida dos humanos naquela época. Ficaria muito feliz se a Editora Valentina o trouxesse para o Brasil.

Para quem busca por um livro cheio de ação, fantasia e uma pitada de romance, não deixem de ler Infinita!

7 comentários

  1. Esses são livros que não tive lá aquela vontade louca de ler, mas gosto de ver que o pessoal que confere acaba adorando. Se der vontade de ler alguma hora dessas acho que não vou me arrepender. Mas vi alguns falando que se decepcionaram com o final, que esperavam mais mesmo e foi fraco. Sei lá, a história me parece boa e se tem tanta gente gostando é porque deve ser bom de ler. É uma boa dica pra quem gosta de fantasia e ação mesmo.

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  2. Não li ainda a trilogia, mas você falou com tanta empolgação que até me deu curiosidade rs. Acho legal a autora trabalhar todas essas questões que ficam em nossa mente, claro que cada um tem sua opinião para reencarnação e tudo o mais, mas é sempre bom aceitar que todos temos a liberdade de acreditar no que quiser e respeitar a opinião do próximo.

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  3. Acho as capas dessa trilogia incríveis! Mas infelizmente as narrativas não me atraíram. Não sou muito fã desse gênero e acabei não dando uma oportunidade. Mas pela empolgação na resenha, deu para perceber que são ótimos. Pena que o final não foi o esperado ou uma grande surpresa, mas o livro conseguiu manter a história em um nível bom por toda essa ação e romance. Apesar de não ter planos para ler a trilogia, eu amei sua resenha.
    Abçs, Leo!

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  4. Oi Leonardo!
    Conhecia a trilogia, mas confesso que nunca tive vontade de ler.. Uma pena o final não ter te convencido, mas acho que todo parece que a trilogia cumpriu a sua função.

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  5. Nunca havia ouvido falar nestes livros, mas parecem mesmo ser bem legais.
    Tenho, infelizmente, um certo preconceito para com livros de enredo sobrenatural, mas deve ser fantástico para os que gostam.
    Sua resenha me lembrou de uma saga, Os Imortais (minha maior decepção literária).
    Bjs

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  6. Olá Leonardo,
    Adoro as capas dessa trilogia, são incríveis! Já estava de olhos nesses livros há um bom tempo, e agora essa resenha me deixou ainda mais empolgada para iniciar a leitura. Como gosto de livros de fantasia estou bem animada e curiosa para conhecer esse universo criado com esses seres místicos.
    Beijos

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  7. Oi Leonardo, confesso que nem li a resenha já que não queria pegar spoilers dos livros anteriores :/
    Já li algumas resenhas positivas do primeiro livro, e a premissa dele sempre me chamou atenção, além dessas capas maravilhosas, mas infelizmente ainda não tive oportunidade de ler.
    Adorei saber a sua classificação pra Infinita e vou tentar adiantar essa trilogia na minha lista de leituras. Beijo!

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