O Primeiro Último Beijo - Ali Harris


Título: O Primeiro Último Beijo
Autor(a): Ali Harris
Editora: Verus
Nº de páginas: 448
Onde comprar: Submarino | Saraiva | Americanas | Fnac | Cultura
Nota:

“O primeiro último beijo” conta a história de amor de Ryan e Molly, de como eles se encontraram e se perderam diversas vezes ao longo do caminho. Na primeira vez em que eles se beijaram, Molly soube que ficariam juntos para sempre. Seis anos e muitos beijos depois, ela está casada com o homem que ama. Mas hoje Molly percebe quantos beijos desperdiçou, porque o futuro lhes reserva algo que nenhum dos dois poderiam prever…
Esta história comovente, bem-humorada e profundamente tocante mostra que o amor pode ser enlouquecedor e frustrante, mas também sublime. Na mesma tradição de P.S. Eu Te amo e Um Dia, O Primeiro Último Beijo vai fazer você suspirar e derramar lágrimas com a mesma intensidade.

Resenha em parceria com a Andressa, do blog Mais que Livros

Você certamente conhece um casal que se conheceu novinho e está junto desde então. Sempre tem aquela história de "casei com meu primeiro namorado", e olhando de fora parece que está vendo um conto de fadas. Aí um dia você resolve chegar perto e descobre que as coisas não são tão perfeitas como aparentam. Mas, chegando mais perto ainda, você entende que por trás de cada problema tem amor, e é isso que mantém o casal junto. É mais ou menos isso que vemos em O primeiro último beijo.

Molly e Ryan estudavam juntos e a princípio não tinham nada em comum, o clássico "os opostos se atraem. Ela era a tímida e isolada aluna que só tinha uma amiga, ele era o cara popular do time de futebol. A família dela era de fachada, distantes demais; em compensação a dele era todo mundo junto e misturado. Seus sonhos eram bem diferentes. Mas quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?

As mesmas diferenças que os uniram acabam por afastá-los com o passar dos anos. A sensação de ter pulado uma etapa bate à porta: eles se casaram cedo demais, compraram uma casa cedo demais, viraram adultos cedo demais. O "e se" não deixa de incomodar Molly, e ela percebe que tem alguma coisa errada.

Ryan sempre pareceu o destino final para mim, o ponto de descanso. Ele foi meu primeiro destino, de modo que não viajei muito para encontrá-lo. Desde então, temos andado depressa em volta do tabuleiro do Banco Imobiliário da vida, perdendo as cartas da sorte e nos acomodando em uma casa no primeiro quarteirão onde caímos.
[...]
E agora não posso deixar de pensar que, se ainda estou no tabuleiro do Banco Imobiliário, talvez seja hora de usar a carta de saída livre da prisão.

Mas quando é amor é amor e não tem jeito. Tem defeitos - e muitos! -, tem brigas - e como tem! -, mas é amor. E que história linda. A autora construiu dois personagens extremamente críveis, cheios de manias e falhas, repletos de sonhos e vontades, com os quais me identifiquei em vários momentos, dos quais senti raiva em várias cenas. O amor é assim, não é perfeito, mas é.

Amar alguém significa saber que você não vai ser feliz o tempo todo, que ninguém pode fazê-la feliz o tempo todo. Essa é uma expectativa totalmente irreal. E às vezes, em um casamento ou em um relacionamento longo, você precisa aprender isso.

Fiquei apaixonada por Ryan e Molly, pela história deles, pelas chances que dão ao relacionamento, pela maturidade que conquistam juntos, pelas concessões que fazem pelo outro, pelo casamento tão difícil, tão problemático e tão cheio de amor que têm. Comecei o livro sabendo que alguma coisa deu errado, afinal tem um último beijo nessa história aí, e cheguei a sentir raiva de gostar tanto deles dois quando era certo que esse casamento ia ter um fim. Mas foi mais forte do que eu, a cada cena eu torcia ainda mais pela felicidade dos dois e ficava mais indignada quando um deles fazia besteira.

Senso comum a quase todo leitor: demoramos MUITO a engrenar na narrativa e embarcar de vez na história. É um vai e vem sem fim, marcado na diagramação por aquelas setinhas de controle remoto (► ►► ◄◄), que a princípio te deixam completamente perdido. Não foi nem uma nem duas que rolou mensagem de desespero no WhatsApp porque queria abandonar o livro, mas sempre tinha uma com a cabeça no lugar que tinha lido uma resenha, visto alguém comentando, caçado a nota no Skoob e no Goodreads... E foi assim que a gente não desistiu. Ainda bem! Então, por favor, confie em nós e vá até o fim, mesmo que pareça um tanto confuso.

Eu achava que tirar fotografias me faria enxergar melhor as coisas, congelar o momento, lembrá-lo para sempre. Mas percebo que a única maneira de fazer isso é viver o momento, não ficar atrás de uma lente. Nós não precisamos de fotos ou vídeos intermináveis, ou lembrancinhas, ou anéis de noivado para recordar esses momentos especiais, porque eles sempre estarão presentes. Mesmo que desvaneçam um pouco com o passar do tempo, um dia o sol vai brilhar no céus em certa manhã, de certa maneira, ou vamos encontrar algo há muito perdido, uma concha talvez, ou um cartão que vai chegar peço correio... e tudo virá à tona. E as lembranças serão boas, e saberemos que somos abençoados por tê-las.

Talvez se a autora tivesse contado de um jeito diferente, totalmente sequencial, não fosse tão impactante quanto foi - e não posso falar muito pra não soltar nenhum spoiler. Passei quase metade do livro achando uma coisa e acabou que foi outra (que bom! adoro ser surpreendida!). Acredito que essa forma se encaixaria perfeitamente bem em um filme, e provavelmente essa tenha sido a intenção da autora. Vamos torcer pra algum estúdio comprar os direitos e transformar isso aí em realidade.

[parágrafo da Giulia]
O livro foi um festival de marcações de frases impactantes. Me identifiquei bastante com a Molly, por ter me casado cedo e recentemente ter vivido uma crise no meu relacionamento, quando pensei muitas coisas que ela também pensou. Em alguns momentos eu lia, marcava o trecho, relia, parava, pensava, fechava o livro, ia fazer outra coisa e continuava pensando. Foi um tempo de análise pessoal muito importante. E ainda dizem que é literatura de entretenimento.
[/parágrafo da Giulia]

Aprendi que fazer concessões é o que une as pessoas. Ceder é partilhar e conciliar, é ser gentil, amoroso e altruísta. É abrir os braços para outra pessoa e dar um passo até o meio do caminho entre o que você quer e o que a outra pessoa deseja e sonha.

Toda resenha que você for ler vai ser basicamente isso, um monte de gente falando bem do livro, que demorou a pegar o espírito da coisa, mas que valeu a pena insistir porque é uma história maravilhosa. Essa será mais uma reforçando o apelo pra você dar uma chance ao livro. Leia!

8 comentários

  1. Não sei se chegaria a desesperar pra desistir porque costumo ler até aqueles que não gosto na esperança de que melhore. Mas esse me pareceu bom, acho que vou gostar de ler. A trama dele é fofa e mesmo que possa ser um tanto cansativa no começo acho que vai valendo a pena né, ao entender a história. E se surpreende é bom! Quero ler.

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  2. O Primeiro Último Beijo me conquistou desde sua capa, e quando li sua resenha, me apaixonei completamente. Um livro cercado de amor, beijos, personagens cativantes nos contando uma linda história arrebatadora e cheia de reflexões capaz de conquistar até aqueles leitores mais difíceis. E eu, como uma mera leitora apaixonada, não poderia estar mais desejosa sobre este livro, desejando favoritá-lo em breve. Ótima iniciação, livro e principalmente resenha.
    Bjs, Giulia!

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  3. Oi,
    Acabei de ler essa resenha no Mais que livros, então nem me dei o trabalho de reler. Como disse lá, eu já li resenhas do livro (falando super bem) e já estou bem interessada nele. O fato de não ser perfeito, de brigas, abrir mão de algumas coisa, mas, mesmo assim, ter muito amor torna tudo mais real, e só quem é casado sabe. Pena que eles se separam (pelo menos eu entendi isso, rs), pois eu acredito que tudo pode ser resolvido na conversa e respeito, e que o amor é eterno.

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  4. Oi Giuliana e oi Andressa!
    Já lia algumas resenhas sobre esse livro como você mesma disse já é de se esperar algo no final pq tem um último beijo e vi alguns blogs comparando ele com PS. eu amo você, como eu imagino um certo final acho que não leria o livro. A menos que alguém me contasse um spoiler e dissesse que ngm morre no final rsrs
    Bjs

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  5. Apesar de não ser muito chegada a romances, é bom ler um de vez em quando .
    Principalmente esses em que as coisas não são apenas um conto de fadas, mas sim relacionamentos e dificuldades reais.
    Gostei muito da resenha, que teve até participação especial especial do Legião Urbana rsrs
    Bjs

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  6. Olá Giulia,
    Li essa resenha que você fez em parceria com a Andressa lá no blog Mais que Livros e fiquei louca de desejos pelo livro, que já tinha me chamado a atenção quando vi o lançamento. Quando vi que o livro segue a tradição dos livros P.S. Eu te amo e Um Dia, eu pirei de vez. Esse livro promete ter uma história muito linda e tocante, garanto que vou suspirar e derramar muitas lágrimas durante a leitura, sem falar que amo ser surpreendida, e pelo que vi, é o sentimento que terei ao terminar a leitura. Preciso urgentemente desse livro na minha estante!
    Beijos

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  7. Giulia, que resenha mais linda, já estou me sentindo tocada com essa história e olha que eu ainda nem li *-*
    Quando eu vi esse livro, eu primeiro me interessei pela capa super fofa e somente depois fui ler a sua sinopse e acabei me encantando mais ainda. Eu adoro livros que nos trazem reflexões e nos mostra um novo jeito de apreciar a vida, e esse parece ser exatamente isso. Fiquei super curiosa em relação a esse casal, e todas as dificuldades que eles passaram e espero realmente que eles possam ter um final feliz.
    E confesso que adorei a forma como a narrativa foi feita, não linear, acho que isso acaba nos tirando da zona de conforto, além de despertar ainda mais a curiosidade do leitor.
    Eu não vejo a hora de ler esse livro <3
    Beijo :)

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  8. Já estava bastante interessada em ler esse livro só pela sinopse, e agora depois de ver essa resenha fiquei ainda mais ansiosa em conferi essa história que parece super emocionante.

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