Quatro universos paralelos, diferentes de muitas formas e unidos por uma única cidade. Há alguns séculos, a pessoas transitava livremente entre as Londres existentes, mas quando a magia se tornou uma doença, elas se isolaram. Das quatro, a Londres Cinza foi a única que esqueceu da existência da magia. A Londres Vermelha vem prosperando, com sua filosofia que se deve tratar a magia de igual para igual; ao contrario da Londres Branca que tenta escravizar a magia, e que nunca terá magia suficiente para satisfazer seu povo. A Londres Preta foi consumida pela magia, se tornando uma lenda entre os povos. É por causa dela que as portas entre os mundos foi fechada, restando aos magos
Antari manter o mínimo de comunicação entre os mundos.
Não há uma explicação lógica para saber quem será ou não um mago de sangue. A magia simplesmente parece escolher, julgar os mais capacitados e após o fechamento dos mundos, eles se tornaram cada vez mais raros.
Kell, oriundo da Londres Vermelha, é um dos últimos de sua espécie. Com foi com a magia Antari que selou as portas entre os mundos, esse magos são os únicos capazes de criar frestas para se locomover entre eles.
Porém eles não são livres para fazer o que quiserem nessa viagens. É terminantemente proibido levar transportar objetos originários de uma Londres para outra. As travessias são restritas à comunicação entre os governos, de forma que o único objeto autorizado a ser levado são pergaminhos oficiais. Contrariando o bom senso, Kell desenvolveu o hábito de colecionar pequenos objetos de outros mundos.
Quando uma mulher lhe pede encarecidamente para que Kell entregue um embrulho em outras Londres, ele não imaginava estar caindo em uma emboscada. Para muitos seria uma simples pedra, mas ele reconhece a magia pertencente no objeto. Não é fácil destruir tamanha magia, mas aquilo não deveria existir faz muito tempo. É em sua empreitada por mantê-lo longe de mãos perigosas que ele conhece
Lilah Bard. A garota, que não aparentar ser muito mais velha que ele, é uma experiente ladra na Londres Cinza. As primeiras vezes que esses dois se encontram não são amigáveis, mas eles sabem que, se querem proteger seus mundos do caos que está próximo de se instalar, precisam juntar suas forças.
Sabe aquele autor que você quer ler a muito tempo, mas acaba acumulando vários de seus livros na estante sem ao menos folhear? Era minha situação com a autora. Nesse momento eu só consigo me perguntar como demorei tanto para fazer uma de suas leituras. Para quem não sabe,
Victoria Schwab, de A melodia feroz e A guardiã de histórias, é a mesma autora que
V.E. Schwab. Ela muda seu pseudônimo de acordo com o público alvo do livro, que nessa caso são os adultos.
O livro é narrado em terceira pessoa, sendo tão rico em detalhes que é como se você se transporta-se para dentro da história. Os personagens são bem desenvolvidos, sendo a alternância da narrativa responsável por nos permitir conhecer melhor cada protagonista. Há vários momentos clichês, e outros tantos que foram surpreendentes, mas o fato é que torci em cada etapa do caminho deles.
A divisão do livro é feito em muitas partes contendo poucos capítulos, que tinham a numeração zerada a cada nova parte. Com isso, acabei me perdendo na contagem de capítulos, e quando me dei conta, já estava avançadíssima na história. A escrita instigante da Schwab também foi essencial para que eu não quisesse desgrudar do livro um só segundo.
O grande diferencial desse universo criado pela autora, é que a magia foi posta em posição de destaque. Ao mesmo tempo em que é abstrato, é algo vivo e dotado de vontade própria. A magia coordena todo o enredo, e torna aquela análise sobre o que é bom ou não ainda mais complexa.
Quem se interessou por essa história, precisa correr para ler antes da Bienal do Rio, e por dois bons motivos. O primeiro é que a autora estará participando, a segunda é que a continuação sai em setembro! E vamos lá, depois de um final como esse, quem ia conseguir aguentar muito tempo?
A capa de Um tom mais escuro de magia é uma adaptação do original, que eu acho linda de morrer. Ela é repleta de detalhes que o leitor só irá perceber no decorrer da leitura, mas que são instigantes o suficiente para atrair o leitor que está apenas passando por ela na livraria.
Eu amei conhecer essa história e tenho certeza que, sendo um amante de fantasia ou não, você tem grandes chances de ser arrebatado por esse mundo assim como eu fui.
Um tom mais escuro de magia (Tons de Magia #1) - V.E. Schwab
Galera Record
420 páginas
Livro cedido pela editora
Onde comprar:
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