Post Mortem - Patrícia Cornwell

Título: Post Mortem
Autora: Patricia Cornwell
Editora: Paralela
Nº de páginas: 304
Onde comprar: Submarino | Saraiva | Extra | C. Bahia | Ponto Frio
Nota:

É um homem metódico, disciplinado, desumano: mata por prazer. As pistas até ele se perdem pelas ruas. A Dra. Kay Scarpetta, médica-legista, examina as vítimas, mulheres que não podem lhe dizer nada a não ser pelos vestígios que trazem no corpo. E no corpo delas há um brilho produzido por alguma substância química. Qual? A Dra. Scarpetta precisa descobrir logo, se quiser evitar a próxima vítima. E precisa aprender a conviver com o fato de que, apesar de usar em suas autópsias os recursos mais avançados da ciência e da tecnologia, esse aparato se destina a desvendar mentes tão perturbadas quanto impenetráveis. Em outro plano, precisa lidar ainda com a hipótese de que alguém muito próximo quer destruir sua carreira e está sabotando a investigação dos crimes.

Dra. Kay Scarpetta é uma brilhante e bem-sucedida médica legista, que comanda seu departamento (medicina legal) na cidade de Richmond. Ultimamente o que mais a preocupa é uma série de assassinatos que está assombrando a cidade. O assassino é cruel e muito inteligente; após quatro mortes, a única pista concreta é um pó não identificado que brilha muito quando é passado pelo laser. Vivendo sob constante pressão de seus superiores e passando por situações inusitadas e suspeitas em seu departamento, Dra. Scarpetta está cada vez mais envolvida e empenhada em descobrir quem é esse articuloso assassino.

Post Mortem é o primeiro livro da série policial Scarpetta, que já conta com 22 livros publicados, sendo que 18 já existem no Brasil. Como uma grande fã do gênero policial/suspense, sempre tive curiosidade em conhecer a escrita da Patricia, que é muito elogiada.

Logo de cara já me encantei pelo diferencial de sua protagonista, pois os fatos da trama nos são apresentados através de uma médica legista, o que é bastante incomum, já que geralmente são os detetives/policiais que brilham nos thrillers policiais.

Adorei conhecer um pouco mais dessa inusitada profissão. Acompanhamos com detalhes tanto a parte burocrática quanto a pratica (coragem) do dia a dia de Kay. Percebemos também que ela trabalha muito, sua dedicação é total, tanto que quase não sobra tempo para sua vida pessoal.

O departamento comandado pela doutora contém profissionais muito bem preparados e também é muito bem equipado pela alta tecnologia disponível na época (livro originalmente escrito em 1990). Devido à narração fluida em primeira pessoa, me senti diversas vezes ao lado de Dra. Scarpetta presenciando as investigações.

Os personagens secundários também dão um toque especial, são bem desenvolvidos e trazem diálogos muito bem construídos. A trama é bem amarrada, e não conseguimos descobrir quem é o assassino antes de chegar às paginas finais. Os acontecimentos são ágeis e de tirar o fôlego.

Apesar de ser uma série longa, não é necessário ler na ordem, pois todos os livros têm seu próprio final com a devida resolução. Apesar de demorar algumas páginas para engatar a leitura, a escrita da autora é muito gostosa de ler. Gostei muito da história e estou bem curiosa para ler os outros livros da série já lançados no Brasil.

Recomendo a leitura para amantes do gênero suspense/policial que gostam de acompanhar uma história bem escrita, intrigante e com cenas ágeis de tirar o fôlego.

As imagens do dia desfilavam na minha frente, como a luz. Elas me assombravam, recusavam-se a ir embora. Vi cada uma daquelas casas despretensiosas em bairros distintos da cidade. Como as escolhera? E por quê? Não se tratava de uma escolha aleatória. Eu tinha certeza disso. Havia algum elemento comum a todos os casos, e eu me sentia puxada continuamente para o resíduo luminoso encontrado nos cadáveres. Sem nenhuma prova para seguir adiante, eu estava convencida de que a substância brilhante era o elo perdido capaz de relacionar o assassino e cada uma das vítimas.