Coroa Cruel - Victoria Aveyard

Esta resenha NÃO contém spoilers dos livros anteriores.
A Rainha Vermelha


Título: Coroa Cruel (Red Queen #1,5)
Autor(a): Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Nº de páginas: 232
Onde comprar: Submarino | Americanas |  Saraiva | Casas Bahia
Nota:

Duas mulheres — uma vermelha e uma prateada — contam sua história e revelam seus segredos.
Em Canção da Rainha, você terá acesso ao diário da nobre prateada Coriane Jacos, que se torna a primeira esposa do rei Tiberias VI e dá à luz o príncipe herdeiro, Cal — tudo isso enquanto luta para sobreviver em meio às intrigas da corte.
Já em Cicatrizes de Aço, você terá uma visão de dentro da Guarda Escarlate a partir da perspectiva de Diana Farley, uma das líderes da rebelião vermelha, que tenta expandir o movimento para Norta — e acaba encontrando Mare Barrow pelo caminho.
Esta edição traz, ainda, um mapa de Norta e um trecho exclusivo de ‘Espada de Vidro, o aguardado segundo volume da série A Rainha Vermelha.

Nesse livro temos a junção de dois contos, narrados por duas personagens de grande importância na série A Rainha Vermelha.

O primeiro conto, Canção da Rainha, narra a história de Coriane Jacos, a falecida rainha de Norta e mãe de Cal, o príncipe herdeiro. Coriane era herdeira da casa Jacos, uma família nobre e importante, mas que estava à beira da falência. Sua prima, Jessamine, via em Coriane a oportunidade de reerguer os Jacos e a treinava para torná-la uma dama, mas tudo o que a menina queria era construir coisas, ser útil em algo, já que seus poderes de Cantora não eram dos mais fortes.

O tio de Coriane era o governante de casa Jacos, mas após sua morte, quem assumiu o comando e a honra de representar a família foi o pai da menina. Assim, ela e seu irmão Julian precisaram mudar-se para a corte. Por um lado isso foi bom, já que ela poderia ficar mais próxima de Sara Skonos, sua melhor amiga. Por outro, suas chances de escapar dos ensinamentos de Jessamine eram nulas.

Eis que sua vida muda durante um banquete no palacete. Dividindo a mesa com os Murmuradores da casa Merandus, Coriane estava morrendo de medo que algum deles entrasse em sua mente e visse coisas que ela tentava esconder. E quando Elara Merandus começou a brincar com sua cabeça, a jovem fugiu o mais rápido que pôde e é aí que seu caminho cruzou-se com o de Tiberias Calore.

Tibe era o príncipe herdeiro e precisava lidar com todas as questões que isso envolvia e já está um pouco saturado disso tudo. Sua vida já era um grande "escândalo" já que o pai, o rei Tiberias V, tinha uma relação extra-conjugal com outro homem e havia até lhe dado uma coroa. O reino aceitava, mas a corte sempre comentava. Tibe sabia que em breve precisaria passar pela Prova Real e casar-se, mas tudo que queria era passar seu tempo com Coriane.

A jovem Jacos conhecia muito bem os deveres de Tibe e tinha certeza de que sua relação com ele não passaria de amizade, já que ela não tinha o menor talento para vencer a Prova Real se participasse. Só que seu charme e doçura conquistaram não só Tibe como toda família real e logo a Prova Real foi cancelada e Coriane viu-se casando com Tiberias e tornando-se a princesa de Norta, futura rainha dessa nação.

Quem não lidou muito bem com isso foi Elara, que foi treinada a vida inteira para ser rainha e estava determinada a atingir esse objetivo, mesmo com Coriane já ocupando seu trono. A Murmuradora não tinha escrúpulos e passaria por cima de todos aqueles que estivessem em seu caminho...

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No segundo conto, Cicatrizes de Aço, conhecemos um pouco mais sobre Diana Farley, capitã da Guarda Escarlate, grupo rebelde que tem grande importância no decorrer dos fatos do primeiro livro.

Farley nasceu e cresceu em Lakeland, província ao norte e que vive em constante guerra com Norta. Ela alistou-se na Guarda Escarlate para melhorar a vida para os vermelhos e agora tem uma oportunidade de ouro nas mãos. Pela primeira vez, Farley encabeçará a própria missão, longe da sombra do Coronel, seu superior.

Farley é uma excelente soldada, mas não é muito boa em cumprir ordens. Por isso, o Coronel está um tanto receoso em mandá-la sozinha para uma missão, mas as ordens vêm de cima e ele não pode contestá-las.

O objetivo da Operação Teia Vermelha era entrar nos limites de Norta e conquistar aliados na região, convencendo o grupo Marinheiros a fazerem o deslocamento de pessoas através dos lagos que dividem as províncias de Lakeland e Norta, um trabalho perigoso e muito arriscado.

Em seguida, Farley precisa adquirir informações sobre a linha de frente de Norta nas trincheiras do Gargalo e é aí que seu destino cruza-se com o de Shade Barrow. Shade sobrevive no Gargalo há mais tempo do que muitos vermelhos. Sua personalidade e seus conhecimentos logo conquistam Farley e ela o torna seu informante, determinada a recrutá-lo para a Guarda.

Eis que Shade esconde um segredo que pode mudar o rumo de toda a operação e o destino dos vermelhos na guerra contra os prateados...

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Depois que li A Rainha Vermelha, fiquei extremamente curioso para saber o que aconteceria na sequência e ansiando por mais da escrita de Victoria Aveyard. Então, a autora resolveu presentear seus leitores com esses dois contos e assim que tive a oportunidade, tratei de lê-los. Gostei? Sim. Poderiam ter sido melhores? Com certeza.

Narrado em terceira pessoa, Canção da Rainha, dentre os dois, para mim foi o melhor. Conhecer um pouco mais sobre Coriane, a rainha tão bondosa que todos citam e ver seu contraste com as maldades de Elara foi bem interessante, assim como acompanhar todo seu envolvimento com o rei. Entretanto, achei que Aveyard poderia ter dado mais informações sobre como Elara destruiu a vida da rainha, mostrado sua real malevolência.

Coriane é uma personagem que não me agradou muito, apesar de tudo. Ela queria mudar as coisas, mas não se comprometia a fazer algo para que mudassem. Era sempre submissa a alguém, se não ao pai, à prima Jessamine e na sequência aos desejos do rei Tiberias. Os dois se amavam, isso era notável, mas que Cori se apagou ainda mais depois que casou não há como contestar. 

Já Cicatrizes de Aço, narrado em primeira pessoa pela perspectiva de Farley, foi um tanto desnecessário pra mim. A primeira parte do conto mais é pra mostrar o quão grande é a Guarda Escarlate e contar sobre as missões e objetivos dos rebeldes, numa monotonia sem fim. A segunda parte é pra mostrar como Farley conheceu Shade, descobriu seus poderes e o que a levou a querer recrutar e ajudar Mare no palácio.

Farley é uma personagem forte, determinada e está sempre pronta para lutar até o fim, nunca para desistir. Sua personalidade não me agradou muito em A Rainha Vermelha, mas lendo o conto consegui entender mais sobre a personagem, o que além de contar pontos a favor para essa história, me fez gostar da capitã.

Acho que Victoria poderia ter feito muito mais em ambos os contos, mas mesmo assim se saiu bem ao representá-los. Confesso que quero muito que ela resolva escrever um conto sob a perspectiva de Elara. Acho que esse sim iria surpreender e agradar a muitos.

Em suma, Coroa Cruel é um bom livro e eu deixo aqui minha recomendação a todos. Já concluí a leitura de Espada de Vidro, segundo volume da série, e em breve trarei a resenha para vocês! 

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