Sob a luz dos seus olhos - Chris Melo


Título: Sob a Luz dos Seus Olhos
Autor(a): Chris Melo
Editora: Fábrica 231
Nº de páginas: 320
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Nota:

Considerada a “Nicholas Sparks de saia” pelos fãs, por suas histórias românticas voltadas especialmente para o público jovem adulto, a paulista Chris Melo estreia na Rocco, pelo selo Fábrica231, com Sob a luz dos seus olhos. A trama conta a história de Elisa, que embarca para a Inglaterra decidida a começar sua vida adulta, levando na bagagem seus planos e sonhos para o futuro; e Paul, um artista tentando se encontrar e que vive intensamente cada momento. O que poderia ser apenas um encontro casual entre dois jovens tentando achar o seu lugar no mundo se transforma, pelas mãos de Chris Melo, numa profunda jornada de autoconhecimento, superação, perdão e recomeços protagonizada por duas pessoas comuns que experimentam o poder extraordinário do amor. Um presente para quem já é e para quem vai se tornar fã de Chris Melo.

Elisa é uma brasileira que consegue um estágio em Londres. Paul é um jovem ator inglês, boêmio, que roda a Inglaterra com suas peças. Eles se veem pela primeira vez em um pub na cidade de York, mas não se falam direito nem perguntam os nomes. Entre encontros e surpresas, acaba nascendo um amor lindo. Mas se engana quem pensa que tudo é perfeito pros pombinhos. Na boa, fiquei com medo da Chris e seus requintes de crueldade.

Chega uma parte em que eles estão felizes, contentes e saltitantes e você acha que vai ficar tudo bem e eles vão viver felizes para sempre. Mas aí você para e percebe que ainda está no meio do livro! O que mais a dona Chris ia arrumar de sofrimento pros dois? Escrita com requinte de crueldade!

E será assim sempre, pois não conheço outra maneira de existir a não ser com ele ou sentindo falta dele.

Se você me conhece, sabe que não choro durante a leitura. Até hoje, só 4 livros conseguiram me arrancar lágrimas, e esse está no topo, com 2 capítulos inteiros de chororô. A primeira vez que li, há 3 anos, foi um mar de descobertas e surpresas (leia a primeira resenha, ela contém todo o sentimento arrebatador que me causou). Dessa vez, já sabendo o que ia acontecer e com um olhar mais crítico, não me emocionei tanto, mas fechei o livro com uma vontade incontrolável de ficar aninhada no colo do marido.

Gosto muito de Paul e Elisa, mas preciso confessar que o romance deles é muito utópico, tudo muito perfeito, sem brigas, sem questionamentos... Aquela coisa bem conto de fadas coroada por um ator famoso e um casamento prato cheio pra mídia. Acredito no amor deles, mas não consigo imaginar um relacionamento tão ideal assim.

Fiquei um tanto incomodada, tanto na primeira quanto na segunda leitura, com a passagem de tempo muito rápida. Os anos se passavam em apenas uma linha, um parágrafo. Nessa leitura, sem a expectativa de saber o que ia acontecer, fiquei ansiosa por mais conteúdo, detalhes, acontecimentos, relacionamentos... Cadê tudo que aconteceu nesse meio tempo? A parte boa é que acompanhamos a história do início ao fim, sem aquela curiosidade de "o que aconteceu depois?" ou "será que vai ter uma continuação"? Um livro perfeitamente fechado.

- Quero você por perto sempre, inclusive quando algo sair errado. Desejo que a gente viva em paz em sem maiores problemas, mas se eles vierem, vamos resolvê-los juntos. Não desisto mais de você, está entendendo? Não é porque não sei viver sem você, é porque não quero isso. Eu não te escolhi, você é dona de um pedaço meu, e não aceito mais ter que continuar sem ele.

E lá atrás eu já tinha cantado a pedra de que a escrita da Chris lembrava um pouco Nicholas Sparks, né? Pois bem, hoje ela é chamada de Sparks de saia.

As atitudes e a fala de Elisa, um pouco infantis e imaturas, também irritaram um pouquinho, principalmente porque acompanhamos toda a história na narração dela. Mas vemos um amadurecimento na personagem aos poucos, principalmente porque ela passa por preconceitos e obstáculos pra viver o amor dos dois, o que acaba por transformá-la.

- Sentir falta é pouco. Eu sinto falta do sol, de comer arroz com feijão e da água do mar. Sentirei falta do chá com bolo, da Londo Eye e dos passeios de bicicleta. Sentir falta é notar a ausência de alguma coisa. Saudade é quando o peito aperta, quando falta o ar, é quando parece difícil continuar vivendo. Saudade é a ausência de alguém.

A edição da Rocco, além de uma capa mais linda do que a anterior, traz cenas extras quase imperceptíveis (confesso que em várias fiquei na dúvida se eram novidade de tão discretas e tão bem inseridas na história). Outra novidade são os títulos dos capítulos, nomeados com músicas de bandas e cantores ingleses, em homenagem ao Paul, que é londrino. Você pode conferir a playlist no Spotify.

Agora estamos à espera de Sob a luz de um milhão de estrelas, um spin off que vai contar a história de Cadu (quem leu sabe quem é) e Alma. Quero muito ler porque sempre amo a parte rejeitada do triângulo.

Enlaçada por seus braços, sob a luz dos seus olhos e provando dos seus beijos, todo o resto volta a ficar para depois.

Chris Melo está se firmando como um dos nomes de destaque da literatura nacional contemporânea, e eu morro de felicidade em saber que acompanho sua trajetória desde o início. E não podia deixar de prestigiá-la no lançamento! Chris, ainda mais sucesso pra sua carreira!

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