Ler é uma viagem sem fim. Uma viagem longa, até mesmo eterna, na qual nos tornamos mais brandos, mais carinhosos e mais humanos.
– [...] Veja bem, eu vendo livros como remédio. Existem livros que servem para um milhão de pessoas; outros, para uma centena apenas. Há até remédios, pardon, livros que são escritos para uma única pessoa.
– A senhora precisa de um quarto só seu. Não muito claro, e com um gato que lhe faça companhia. E este livro, a senhora deve lê-lo devagar. A senhora vai refletir bastante e, provavelmente, chorar também.
Perdu e Manon eram amantes, ela já estava destinada a casar com um rapaz, mas antes disso resolveu ir a Paris e foi onde se conheceram. Os dois viveram um romance e chegou um dia em que Manon voltou para casa para casa e deixou apenas uma carta que Perdu passou 21 anos sem querer abrir, até que um dia chega uma vizinha onde ele mora, a Catherine.
– Ontem. Ontem fez vinte e um anos. A carta é dela. Tenho medo do que pode ter escrito.
No outro dia, ele resolve deixar a vida em Paris e ir atrás de Manon em seu barco-livraria. Só que ele não vai só, um escritor em crise, Max Jordan resolve ir com ele e viver novas experiências, quem sabe ter alguma história para escrever. Max tem 21 anos e apesar da crise de não saber mais o que escrever ele é quem dá o vigor a história e a parte da comédia.
– Eu quero... procurar uma história – explicou Jordan, hesitante. – Porque dentro de mim... não tem mais nada. Não quero voltar pra casa até encontrá-la[...]
Enquanto lia, percebi as mudanças de Perdu, já que no início do livro ele se mostrou uma pessoa bem fechada. Essa viagem serviu para ele se conhecer e se arriscar mais. Acredito que ele conseguiu vencer o medo e as antigas decepções.
O que achei legal no livro é que durante a leitura havia um “Diário de viagem de Manon” e aquela visão que o leitor tem dela (que é a visão de Perdu) acaba sendo desconstruída e passa a existir uma outra visão da mulher que abandonou o livreiro. Outros pontos fofos que achei é que no final do livro há umas receitinhas do que os personagens comeram durante a viagem e também tem indicações de livros com seus respectivos autores com os efeitos colaterais da leitura. Ah! No início e no final do livro tem o mapa do trajeto fluvial e terrestre feito por Perdu. Achei fofo.
Agora vamos as dificuldades que falei logo acima. Primeiramente, tivemos um probleminha com os Correios, pra quem não sabe, os livros chegam pra Giulia e ela envia para mim. Enfim, Giulia enviou e o livro só chegou um mês depois, pois os Correios tinha perdido o livro. Segundamente, eu tive uma alergia ao livro. Sim! Nunca vi isso na minha vida, mas eu tive. O livro tem um cheirinho de páginas de revista, sabe? E eu acho que o tipo do papel não ajudou muito, pois quando começava a ler os meus olhos inchavam/lacrimejavam, daí eu tinha que parar a leitura e tomava um antialérgico e capotava. Infelizmente acredito que esse último ponto não contribuiu para que eu me envolvesse com a leitura, já que lia, em média, 10 a 20 páginas por dia.
Bem, pretendo ler “A livraria mágica de Paris” mais uma vez e espero que me envolva mais. Indico a leitura para aqueles que amam livros e verão que sempre há tempo de recomeçar, como aconteceu com Jean Perdu.
A livraria mágica de Paris - Nina George
Editora Record
308 páginas
Livro cedido pela editora
Onde comprar: Submarino | Americanas | Saraiva | Amazon
Alergia ao livro, nossa, que situação hein, poxa :(
ResponderExcluirMas e o que falar desse livro? Achei a premissa dele fascinante.
Não conhecia muito bem a história que a obra abordava e fiquei super curiosa.
Interessadíssima pra conhecer mais sobre os personagens e aventura num geral.
Achei bacana demais essa “Farmácia Literária” e as indicações de livros.
Espero poder ler em breve.
Beijos,
Caroline Garcia
Olá, no meio de tantos clichês literários é ótimo encontrar livro originais como esse, a leitura deve ser feita minuciosamente devido a complexidade da trama. Beijos.
ResponderExcluirDanila, o livro parece ser bem interessante e envolvente, eu me senti mal pelo Jean não ter aberto a carta antes, e como o Max queria uma inspiração para sua próxima história ele mesmo poderia ter escrito o livro sobre o Jean, e a obra completa seria essa (como eu viajo pela minha imaginação kk). Eu fiquei torcendo para que a Manon estivesse viva, espero ler a obra e ter minha resposta.
ResponderExcluirDanila!
ResponderExcluirNossa! Que problema sério esse seu, hein? Bom procurar um oftalmo para ver se pode usar um colírio...
Quanto ao livro, amei a ideia de uma livraria que pode curar as pessoas através de suas leituras, sensacional!
Uma pena que ele não podia curar sua própria doença de amor e que alegria saber que ele foi atrás de Manon, mesmo com Catherine na cabeça.
Quero conferir a leitura.
“Saber encontrar a alegria na alegria dos outros, é o segredo da felicidade.” (Georges Bernanos)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Oi, Danila!!
ResponderExcluirAdorei conhecer esse livro achei a história bem interessante!! Também já tive um crise alérgica quando lia um livro só que no meu caso fiquei toda vermelha!! Amei a indicação sem dúvida quero muito ler esse livro!!
Beijoss
Olá,
ResponderExcluirQuando soube desse lançamento a primeiro coisa que me atraiu foi a capa. Porém, ao ler a sinopse não me senti tentada a fazer a leitura, e mesmo com sua resenha sendo no geral positiva, ainda não sinto o interesse em conhecer essa história.
Que coisa doida né essa sua alergia? Nunca soube de nada parecido! O.o