A história se passa na Alemanha, entre o final da década de 1930 e início da 1940. E que período era esse? Sim, a da 2ª Guerra Mundial. A história é narrada pela Morte e gira em torno de Liesel Meminger, filha de uma comunista que estava fugindo (eu disse que estava fugindo, mas isso não fica claro no livro) com o seu irmão para serem adotados pelo casal (que, apesar de opostos, se complementam) Rosa e Hans Hurbermann. No entanto, durante a viagem algumas coisas acontecem, e nesse momento já fica claro o porquê do título.
A Morte vai narrando a vida de Liesel na rua Moching, número 33, e a sua relação com os pais adotivos, o seu melhor amigo/companheiro de furtos Rudy Steiner, Max Vandenburg, o judeu que morava no porão da sua casa, e a mulher do prefeito. Todos esses personagens contribuíram para que a menina alimentasse o seu vício: colecionar palavras. Liesel é fascinada por leituras e sempre que podia “roubava” um livro.
O livro traz a visão de uma garota na 2ª Guerra Mundial, e o interessante era como o ritmo da leitura também acompanhava os acontecimentos. Tinha momentos em que a história ficava um tanto cansativa, mas em outros, apesar da Guerra, era como se a menina visse o mundo de maneira mais “suave”.
Outro ponto a ser destacado, que contribui para o envolvimento com a história, é quando a narradora conversa com o leitor, além de ela possuir um quê de humor negro, e dar alguns
Enquanto narradora, acredito que a Morte tenha cumprido o seu papel, já que a mesma fazia questão até de descrever como as nuvens e o céu se “comportavam” de acordo com o período da história. Era como se o céu/nuvens fosse mais um elemento para demostrar como a natureza sentia o que estava acontecendo, seja tristeza, pesar, esperança, dentre outros sentimentos. No entanto, por querer detalhar demais e tentar trabalhar no imaginário do leitor como seria um local e como as pessoas se sentiam no campo de batalha, a meu ver, algumas partes no livro foram desnecessárias, como é descrita a experiência dos filhos, de uma vizinha de Liesel.
Como o próprio nome do livro diz, Liesel era uma menina que tinha costume de roubar livros, seja na fogueira, caídos no chão, pegos na biblioteca da mulher do prefeito de Molching ou escritos pelo seu amigo Max.
Então, de um modo geral, o livro é válido para aquelas pessoas que não esperam um final feliz. Mesmo sendo uma história fictícia, é possível ter uma noção da vida das pessoas naquele período. Enquanto lia, fui me identificando um pouco com Liesel e o seu vício pelas palavras e pela leitura. Isso pode ser percebido quando ficam interessados em saber o que a pessoa que está sentada ao lado está lendo, comentar sobre um livro que já leu, ficar fascinado quando entra em uma biblioteca/livraria esquecer do mundo quando começa a ler um bom livro. Acredito que todos nós temos um quê de ladrões de livros.
Intrínseca
478 páginas
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Danila!
ResponderExcluirTive a oportunidade de assistir o filme e é bem doloroso.
Ganhei o livro e aguardo chegar, porque adoro o tema da 2ª guerra mundial e também quero acompanhar nas minúcias o que acontece com ela e sua família.
“Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa.” (Guimarães Rosa)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Danila, ganhei esse livro há uns três anos e até agora não o li. O início achei bem confuso, já que é a Morte que narra a história, fiquei sem entender nada, depois quando estava me aproximando da metade da obra deixei de lado, ela agora está no fundo da estante, agora espero voltar a lê-la ainda esse ano, sua resenha me despertou essa vontade de retormar a leitura.
ResponderExcluirConfesso que essa leitura, esse gênero literário, não me atrai muito.
ResponderExcluirApesar de ver muitos comentários positivos sobre a obra, não estou muito animada para ler.
Claro, a premissa da obra é interessante e parece ser uma história muito bem desenvolvida, mas não me sinto confortável ainda para conhece-la.
Quem sabe mais pra frente?
Curti sua opinião e consegui enxergar melhor a história num todo.
Beijos,
Caroline Garcia
Olá, livros que se passam em períodos históricos tem tudo para dar certo e aqui isso se confirma numa trama tocante. Quero ler esse livro faz tempo mas estou me preparando para as lágrimas. Beijos.
ResponderExcluirOi, Danila!!
ResponderExcluirNunca tive muita coragem para ler livro que falam da Segunda Guerra Mundial. e por esse motivo não li até hoje o A menina que roubava livros. E também não consegui assisti o filme!!
Beijoss
Olá,
ResponderExcluirNunca gostei de livros que se passem em guerras, são sempre tão tristes e difíceis de se acompanhar. Por indicação de uma amiga, há muitos anos atrás, eu li A menina que roubava livros, e gente, que história! Chorei horrores com o final. Me tornei uma grande fã da escrita do Mark por isso.