A livraria mágica de Paris - Nina George

Resenha do Livro A livraria mágica de Paris

Ler é uma viagem sem fim. Uma viagem longa, até mesmo eterna, na qual nos tornamos mais brandos, mais carinhosos e mais humanos.
Vamos lá iniciar uma das resenhas mais difíceis/curtas que já fiz até agora para o Prazer, mas explico mais a frente, primeiro vamos falar do livro, certo? Certo! A livraria mágica de Paris conta a história de Jean Perdu, um senhor de 50 anos que é dono de um barco-livraria, a “Farmácia Literária”. Ele é como se fosse um farmacêutico que indica livros as pessoas de acordo com o que ela está sentindo, chega a discutir caso a pessoa queira levar um livro e este livro não for “indicado” ou não esteja de acordo com a personalidade do leitor. Para poder indicar um livro, ele chega a fazer até umas perguntas ao cliente para saber qual melhor.
– [...] Veja bem, eu vendo livros como remédio. Existem livros que servem para um milhão de pessoas; outros, para uma centena apenas. Há até remédios, pardon, livros que são escritos para uma única pessoa.
Nessa parte fiquei um tanto revoltada, porque achei que ele privava as pessoas de ler, mas depois eu pensei (eu e minha mania de pensar enquanto leio) que se chegasse alguém que estivesse com algum problema e lesse um livro que acentuasse os problemas, poderia até ser pior, né? Tem livros que quando eu termino de ler dá uma tristeza, uma crise existencial... Eu fico tão down.
– A senhora precisa de um quarto só seu. Não muito claro, e com um gato que lhe faça companhia. E este livro, a senhora deve lê-lo devagar. A senhora vai refletir bastante e, provavelmente, chorar também.
Só que tem um problema, embora o Sr. Perdu consiga entender o que se passa com as outras pessoas “curar” elas, ele há 21 anos sofre por um amor, sofre pela sua Manon.
Perdu e Manon eram amantes, ela já estava destinada a casar com um rapaz, mas antes disso resolveu ir a Paris e foi onde se conheceram. Os dois viveram um romance e chegou um dia em que Manon voltou para casa para casa e deixou apenas uma carta que Perdu passou 21 anos sem querer abrir, até que um dia chega uma vizinha onde ele mora, a Catherine.
– Ontem. Ontem fez vinte e um anos. A carta é dela. Tenho medo do que pode ter escrito.
Como ela não tinha móveis, Perdu acaba dando uma mesa a ela que acaba encontrando a tal carta e entrega a ele. Catherine e Perdu começam a ter um “romance”, só que é muito rápido, já que quando ele abre a carta acaba descobrindo que Manon estava com câncer e por isso havia o abandonado e ela esperava que ele fosse a visitar antes que morresse.
No outro dia, ele resolve deixar a vida em Paris e ir atrás de Manon em seu barco-livraria. Só que ele não vai só, um escritor em crise, Max Jordan resolve ir com ele e viver novas experiências, quem sabe ter alguma história para escrever. Max tem 21 anos e apesar da crise de não saber mais o que escrever ele é quem dá o vigor a história e a parte da comédia.
– Eu quero... procurar uma história – explicou Jordan, hesitante. – Porque dentro de mim... não tem mais nada. Não quero voltar pra casa até encontrá-la[...]
Os dois iniciam a viagem e passam por várias aventuras e conhecendo e (re)encontrando pessoas nessa jornada fluvial. Acredito que isso prolongou muito a história, já que acaba tendo muitos personagens e alguns não tão relevantes assim. Mas voltando... Apesar de estar indo se encontrar com o seu antigo amor, Perdu não parava de pensar em Catherine. Assim, ele escrevia várias cartas ao longo da viagem contando o que estava fazendo.

Resenha do Livro A livraria mágica de Paris

Enquanto lia, percebi as mudanças de Perdu, já que no início do livro ele se mostrou uma pessoa bem fechada. Essa viagem serviu para ele se conhecer e se arriscar mais. Acredito que ele conseguiu vencer o medo e as antigas decepções.

O que achei legal no livro é que durante a leitura havia um “Diário de viagem de Manon” e aquela visão que o leitor tem dela (que é a visão de Perdu) acaba sendo desconstruída e passa a existir uma outra visão da mulher que abandonou o livreiro. Outros pontos fofos que achei é que no final do livro há umas receitinhas do que os personagens comeram durante a viagem e também tem indicações de livros com seus respectivos autores com os efeitos colaterais da leitura. Ah! No início e no final do livro tem o mapa do trajeto fluvial e terrestre feito por Perdu. Achei fofo.

Resenha do Livro A livraria mágica de Paris
Agora vamos as dificuldades que falei logo acima. Primeiramente, tivemos um probleminha com os Correios, pra quem não sabe, os livros chegam pra Giulia e ela envia para mim. Enfim, Giulia enviou e o livro só chegou um mês depois, pois os Correios tinha perdido o livro. Segundamente, eu tive uma alergia ao livro. Sim! Nunca vi isso na minha vida, mas eu tive. O livro tem um cheirinho de páginas de revista, sabe? E eu acho que o tipo do papel não ajudou muito, pois quando começava a ler os meus olhos inchavam/lacrimejavam, daí eu tinha que parar a leitura e tomava um antialérgico e capotava. Infelizmente acredito que esse último ponto não contribuiu para que eu me envolvesse com a leitura, já que lia, em média, 10 a 20 páginas por dia.

Bem, pretendo ler “A livraria mágica de Paris” mais uma vez e espero que me envolva mais. Indico a leitura para aqueles que amam livros e verão que sempre há tempo de recomeçar, como aconteceu com Jean Perdu.

A livraria mágica de Paris - Nina George
Editora Record
308 páginas
Livro cedido pela editora
Onde comprar: Submarino | Americanas | Saraiva | Amazon

6 comentários

  1. Alergia ao livro, nossa, que situação hein, poxa :(
    Mas e o que falar desse livro? Achei a premissa dele fascinante.
    Não conhecia muito bem a história que a obra abordava e fiquei super curiosa.
    Interessadíssima pra conhecer mais sobre os personagens e aventura num geral.
    Achei bacana demais essa “Farmácia Literária” e as indicações de livros.
    Espero poder ler em breve.
    Beijos,
    Caroline Garcia

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  2. Olá, no meio de tantos clichês literários é ótimo encontrar livro originais como esse, a leitura deve ser feita minuciosamente devido a complexidade da trama. Beijos.

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  3. Danila, o livro parece ser bem interessante e envolvente, eu me senti mal pelo Jean não ter aberto a carta antes, e como o Max queria uma inspiração para sua próxima história ele mesmo poderia ter escrito o livro sobre o Jean, e a obra completa seria essa (como eu viajo pela minha imaginação kk). Eu fiquei torcendo para que a Manon estivesse viva, espero ler a obra e ter minha resposta.

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  4. Danila!
    Nossa! Que problema sério esse seu, hein? Bom procurar um oftalmo para ver se pode usar um colírio...
    Quanto ao livro, amei a ideia de uma livraria que pode curar as pessoas através de suas leituras, sensacional!
    Uma pena que ele não podia curar sua própria doença de amor e que alegria saber que ele foi atrás de Manon, mesmo com Catherine na cabeça.
    Quero conferir a leitura.
    “Saber encontrar a alegria na alegria dos outros, é o segredo da felicidade.” (Georges Bernanos)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de FEVEREIRO, livros + KIT DE MATERIAL ESCOLAR e 3 ganhadores, participem!

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  5. Oi, Danila!!
    Adorei conhecer esse livro achei a história bem interessante!! Também já tive um crise alérgica quando lia um livro só que no meu caso fiquei toda vermelha!! Amei a indicação sem dúvida quero muito ler esse livro!!
    Beijoss

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  6. Olá,

    Quando soube desse lançamento a primeiro coisa que me atraiu foi a capa. Porém, ao ler a sinopse não me senti tentada a fazer a leitura, e mesmo com sua resenha sendo no geral positiva, ainda não sinto o interesse em conhecer essa história.
    Que coisa doida né essa sua alergia? Nunca soube de nada parecido! O.o

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