Meu namorado literário perfeito

Estou participando do Concurso Cultural do blog Cantinho Ju Oliveira e da Cuponation Brasil, torçam por mim, galerinha!

Preciso responder à pergunta: Qual seria seu namorado literário perfeito? E por quê?
Complicaaaaaado!
Primeiro porque já me apaixonei várias vezes por diversos mocinhos lindos, simpáticos, gostosos, sensuais, de tirar o fôlego.
Depois porque eu sou casada! kkkkk Recadinho pro marido: te amo muito! Lembre-se de que os personagens são fictícios, você é o meu sonho mais real. E eu tô escrevendo pensando na nossa economia, viu? Poder comprar livros sem tirar do nosso bolso. Torce também!

* Se você não leu Métrica, cuidado! Aqui tem spoilers do livro!*

Vamos lá...


Recentemente li Métrica. Já tinha ouvido falar maravilhas desse livro, mas, como diz o ditado, quando a esmola é demais, o santo desconfia. As amigas lendo e adorando, as resenhas bombando na blogosfera, o pessoal em polvorosa com a continuação, perguntando sobre This Girl nos encontros. Já estava ficando meio chato todo mundo falando e eu totalmente por fora do assunto.

Minha história com Will é um conto de fadas do século XXI. Eu estava sozinha, triste, carente, desiludida depois de tantos mocinhos literários sem graça. Meu coração batia numa monotonia que só, devagar quase parando. Até que um dia uma amiga nos apresentou.
- Jaque, você leu Métrica, né? O que achou?
- Ah, Giulia, é muito bom. Quer emprestado?
- É, pode ser.
E assim ele se aproximou de mim. Mas eu, arredia que só, o joguei pra escanteio. Will ficou semanas esquecido em meio a várias antigas ilusões e ex-amores. Toda vez que eu ia escolher um livro, acabava por desprezá-lo. Mas, quando o cara quer conquistar, não tem jeito.
A última leitura tinha sido morna, sem emoção, não teve química nenhuma. Ele aproveitou esse momento e me fez olhar pra ele. Até pediu ajuda pra mãe, pra ela falar comigo sobre seu outro filho; eu precisava conhecer o irmão mais velho primeiro. E assim o tão esperado encontro aconteceu.
Numa noite fria e solitária, Will veio com seu sorriso tão brilhante que parecia um sol reluzante. A noite virou dia, o frio se tornou calor, a solidão perdeu sua moradia. Juntos, passamos muitas horas conversando até o sono chegar. Ele não gosta de papos forçados, então tudo fluiu naturalmente. Me contou sobre seus gostos, seus hobbies, seu irmão mais novo. A identificação foi imediata - me senti naqueles desenhos da Disney em que os olhos brilham, o coração acelera, uma música romântica toca, e aparecem fogos de artifício.
Logo no primeiro capítulo soube que meu coração tinha sido finalmente conquistado. E já no segundo tive certeza de que ele passava a ocupar o posto de meu namorado literário perfeito. Com ele rolou química, física, biologia, matemática. Mas, principalmente, rolou poesia.
Will é poeta!!! Mas não daqueles tímidos, que escrevem a poesia num cartão, te entrega e manda você ler em casa. Ele declama. Mais que isso, ele interpreta, ele vive. A primeira poesia que ouvi dele era sobre sua família, mais especificamente sobre a morte de seus pais. Um assunto doloroso, triste, que trazia más recordações, mas que ele soube transformar em emoção. Claro que havia tristeza em sua voz, mas - se é que isso é possível - de uma forma bela. Nessa hora, tive vontade de abraçá-lo e colocá-lo em meu colo, chorar com ele e ser consolada. Naquele momento, Will me mostrou que poderia transformar os piores em momentos em poesia, em sentimento, em entrega.
Mas não é só poesia que esse lindo faz não. Ele é um cara família, o genro que toda mãe gostaria de ter. Assumiu a responsabilidade de seu irmão mais novo e sustenta a pequena família. Trabalha como professor (de poesia, não podia ser diferente) e ainda nem terminou a faculdade. Se fosse só pelas questões financeiras, você até podia me chamar de interesseira, mas o que admiro nele ultrapassa qualquer barreira visível, tangível ou material. Will me mostrou que amor fraterno existe no mundo real. Até então, achava que só eu seria capaz de abrir mão de tudo por meu irmão, mas ele fez o mesmo. Não disse que somos almas gêmeas? Ah, não disse? Então estou dizendo agora.
E, como se não bastasse tudo isso, Will me faz rir. Não com piadas sem graça e forçadas, mas sendo exatamente do jeitinho que ele é. Às vezes meu riso é uma gargalhada, às vezes um sorriso bobo de menina apaixonada, às vezes ele me mostra o lado bom de uma situação aparentemente desastrosa. Vai parecer clichê, mas ele realmente desperta o que há de melhor em mim.
Se ele tem defeitos, os esconde muito bem. Nosso relacionamento ainda está no começo, ainda tenho mais 304 páginas para descobrir mais dessa perfeição. Sinto que coisas ruins vêm por aí pra tentar dar uma Pausa no nosso relacionamento, mas juntos vamos conseguir superar os obstáculos e voltar a nossa vida pra Métrica dos versos de nossos corações.Cuponation Brasil

Um comentário

  1. Olá Giulia!
    Adorei seu blog, e seu texto ficou muuito legal.
    Para validar sua participação, vc precisa deixar nos comentários do post do Concurso cultural, o link aqui da sua resposta ok?
    Boa sorte!

    http://juoliveira.com/cantinho/concurso-cultural-meu-namorado-literario/

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