O diário de Bridget Jones - Helen Fielding

Resenha do Livro O diário de Bridget Jones

Quando falamos em "O diário de Bridget Jones", nos vem a mente Colin Firth, Renée Zellweger e Hugh Grant, as cenas das brigas e do triângulo amoroso, sem contar as peripécias de Bridget. Sempre amei os filmes que envolvem Bridget Jones, acho que já assisti umas 846762763 vezes.

Só que sempre tem aquele negócio de que o livro é sempre melhor do que o filme e pans. Aí eu tomei vergonha e comprei de uma vez só a versão de bolso de “O diário de Bridget Jones” e “Bridget Jones: no limite da razão”. Confesso que abandonei a leitura algumas vezes, mas quando a Paralela lançou essa nova edição bateu aquela vontade em ler novamente. Acredito que o abandono tenha sido pela falta de identificação. Agora, um pouco mais velha vivida, dei umas risadas e me identifiquei um pouco com a história de Bridget Jones.

O livro inicia com as metas de Bridget Jones para o ano que inicia. Então ela escreve duas listas com resoluções do ano novo (o que é comum fazer no início do ano) dizendo o que pretende fazer e o que não. Os principais objetivos são: emagrecer, parar de fumar e parar de beber.
Argh. Como é que posso é que posso ter engordado 1,5 quilo desde o meio da noite? Estava com 58,9 quilos quando fui dormir, 58 às 4 horas e 59,4 quilos quando levantei.
Isso a gente percebe porque o livro é dividido nos doze meses do ano e dentro dele são registrados os dias no diário, mas antes de iniciar ela escreve o que foi consumido, o peso e assim vai. No decorrer do ano ela vai adicionando outras coisas, quanto tempo perdeu conversando mentalmente com Daniel Cleaver, ou quantos bilhetes jogou na loteria e pans.
Resenha do Livro O diário de Bridget Jones


No livro Bridget Jones está prestes a fazer 30 anos, mora só em Londres, trabalha em uma revista, é apaixonada pelo seu chefe Daniel Cleaver, pode-se dizer que não tem uma vida social badalada, e apesar de morar longe, seus pais tem uma influencia muito grande na sua vida, principalmente a sua mãe, que é bastante controladora.

Quando há reuniões familiares na casa da mãe de Bridget é comum perguntarem a ela, aquelas perguntas que as tias/ os tios fazem no Natal, como “Cadê o namorado?” ou “Quando é que casa?”, então já sabe como a pessoa e Bridget devem se sentir, né?
– E então? – berrou Cosmo, servindo um drinque para mim. – Como vai sua vida amorosa?
Só que há um complô entre a mãe de Bridget e as pessoas que vivem próximo a ela, para que Bridget e Mark Darcy (um advogado reconhecido na parte dos Direitos Humanos e divorciado) namorem/casem/tenham filhinhos. Só que enquanto Bridget fala mesmo as coisas que pensa, Mark é mais observador e reservado, daí você pensa: Será mesmo que dá certo esses dois?

Por outro lado, no emprego, Bridget, além de estar buscando algo melhor ela alimenta uma paixão pelo seu chefe e os dois trocam mensagens quase que todos os dias, mensagens essas que alimentam uma "paixão" entre eles.
Estava completamente arrasada quando Daniel passou com Simon do marketing, deu um olhar bem sexy para minha saia e levantou a sobrancelha. Adoro o maravilhoso sistema de mensagem por computador. Mas tenho de prestar atenção à ortografia. Afinal de contas, tenho diploma de letras.
Só que como eu acho que saibam, Daniel Cleaver é aquele cara mulherengo que está com uma pessoa e mais um monte ao mesmo tempo. Então já viu, né? É tanta mulher que ele acaba se esquecendo e comete a gafe de estar com Bridget em um evento e uma delas simplesmente aparecer e dizer “Você dormiu comigo.”
Resenha do Livro O diário de Bridget Jones


Pra quem assistiu o filme e vai ler o livro, eu logo digo, não tem nada a ver. Quer dizer... Tem, mas é muito diferente. Pegaram os personagens principais e criaram uma história mais animada. Sabem quando dizem que o livro é melhor do que o filme? Pois é! O diário de Bridget Jones pode ser a exceção. Nesse caso, eu achei o filme muito melhor. Como se trata de um diário, não tem muita coisa, não existe um desenrolar, apenas os fatos que acontece no dia a dia de Bridget e a sua regulação nas calorias, nos cigarros e nas doses alcoólicas. Em algumas partes, bem no final, acontece duas coisas que podem prender o leitor, mas é bem rápido e quando viu acabou.


Não esperemos muito romance ou brigas entre Daniel, Mark e Bridget porque, ao contrário do filme, eles só se encontram uma vez (se eu não estou enganada) e bem rapidinho. Então não espere aquela cena épica da briga na rua em que interrompe o aniversário e quebra o vidro do restaurante grego, ou no final quando Bridget corre de calcinha, moletom e tênis para encontrar Mark.
Então quando eu li, logo pensei “Que diferente! Isso não tem no filme! Nem isso! Nem isso!”. A dica é: não leia pensando que as cenas irão passar em sua cabeça. Quer dizer, até tem, mas é possível contar nos dedos de uma só mão.

Ah! Duas partes interessante: 1- é quando o novo chefe de Bridget fica indignado ao saber que Hugh Grant traiu a esposa; 2-  Bridget está em casa e decide assistir “Orgulho e preconceito” e falam da interpretação de Colin Firth como Mr. Darcy. Aí eu achei engraçado porque no filme “O diário de Bridget Jones” Hugh Grant fez o papel do mulherengo, enquanto Colin é Mark Darcy e, sinceramente, eu achei, em algumas partes, o jeito de Mark Darcy muito parecido com Mr. Darcy (Aff! É muito Darcy).
[...] Depois ficamos horas discutindo as qualidades do Sr. Darcy em relação a Mark Darcy e concordamos que o Sr. Darcy era mais atraente porque era mais rude, mas, como se trata de um personagem, era uma desvantagem intransponível.
(Fiquei tão feliz quando eu vi que tinha feito essa relação e depois elas falaram isso)

Mas nem tudo é só crítica, né? Dei umas boas risadas com Bridget e me identifiquei em algumas partes. Principalmente quando que ela dizia que ia parar com os vícios.
Mas você não pode se privar de todos os prazeres da vida. Eu só compro cinco ou seis bilhetes por dia e, além dos mais, vou parar logo.
Ah! Identifiquei algumas amigas enquanto lia também.
Entrei num programa intensivo de desintoxicação – sem chá, sem café, sem álcool, sem farinha branca, sem leite e o que mais? Ah, puxa. Sem peixe, vai ver.
Pode-se dizer que Bridget Jones não é uma mulher, mas um pouco de cada uma com seus dilemas, suas frustrações e aspirações.
Ser mulher é pior do que ser lavrador – tem tanta coisa para cuidar na plantação e na colheita: depilar as pernas com cera, raspar as axilas, fazer sobrancelhas, passar pedra-pomes nos pés, esfoliar e hidratar a pele tirar os cravos, pintar a raiz do cabelo, passar rímel, lixar as unhas, massagear a celulite, exercitar os músculos da barriga.
Resenha do Livro O diário de Bridget Jones


O diário de Bridget Jones - Helen Fielding
Paralela 
288 páginas
Livro cedido pela editora
Onde comprar: Submarino | Americanas | Saraiva | Amazon
 

5 comentários

  1. Danila!
    Acredito que seja isso que nos conecta com a Bridget porque ela tem um pouquinho de cada uma de nós e não tem como não darmos boas risadas com as tiradas impensáveis dela.
    “Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância.” (Sócrates)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de JANEIRO dos nacionais, livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!

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  2. Dani, ainda não li nenhum livro sobre a Bridget e nem assisti à nenhum filme, mas sempre vejo resenhas tão positivas que me dá vontade de ler cada um. E claro, a história dessa obra é bastante cativante, ela parece ser uma personagem tão engraçada e espontânea. E eu amei o último quote kk.

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  3. Não sei se gostaria da história. Até curto quando é escrito em forma de diário mas às vezes acaba faltando profundidade por causa disso, sabe?
    Não lembro se já assisti o filme, creio que sim... e é raro que um filme seja melhor que o livro, se você diz que essa é a exceção, acho que não vou me aventurar pelos livros, não

    PS: que saudade dos meus 59 quilos hahahahah e era paranoica assim como ela

    bjs

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  4. Já ouvi muito falar que o livro é melhor que o filme também. Eu não lembro se li algum livro que tenha o filme.
    Não conheço a história da Bridget Jones nem em filme. Apesar de ser com uma atriz que eu gosto eu ainda não fiquei animada pra ver , apesar de parecer uma história bem humorada.

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  5. Tenho que admitir que nunca li nenhum dos livros e nem mesmo assisti ao filme. Vejo muitos falarem que a Bridget é muita engraçada e que dão boas risadas com suas aventuras e loucuras. Fiquei animada para conhecer mais. E que bom que o livro não parece tanto com o filme porque ai temos duas histórias "diferentes" para conhecer!

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