Insurgente - Veronica Roth


Título: Insurgente (Divergente #2)
Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco


Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.

Mas, gente! Que sinopse pobrinha, fala sério! Só vi quando tive que pegar pra colocar na resenha. Ainda bem que não dependia disso pra eu ler, senão tava lascada!

Minha experiência com Insurgente foi bem diferente da que tive com o primeiro livro. Li Divergente em menos de 24 horas, a história me consumindo momentos de descanso e sono. Já Insurgente foi degustado vagarosamente, tão devagar que às vezes eu precisava voltar algumas páginas para refrescar a memória. Por que estou falando isso? Acredito que o tempo que demoramos pra ler tenha ligação com o nosso gosto pela leitura.

Dessa vez, a quantidade de personagens me confundiu, pois não me lembrava de todos os nomes e de seus papéis na trama. Também não fui consumida pela história a ponto de inverter prioridades pra concluir o livro. No entanto, apesar dos pesares, foi uma leitura inesquecível.

Antes de começar a falar do livro (já que a sinopse não tá ajudando nada!), aviso que serei extremamente vaga, pois o risco de spoiler é grande. Então contentem-se com o resumão do parágrafo abaixo (ou pulem caso não queiram saber sobre a história).

Tris e Quatro acabaram de fugir do complexo da Audácia com Marcus e Peter (sim, Insurgente começa no mesmo ponto em que Divergente acaba). A partir daí, eles buscam refúgio na Amizade, na Franqueza e até no que restou na Abnegação, sempre lutando contra a Erudição e tentando descobrir o segredo que motiva Jeanine a caçar e atacar os divergentes. Membros de várias facções, inclusive desertores da própria Erudição, se aliam a eles, e os sem-facção aparecem com um papel importante pro desenrolar dos fatos. A Audácia está partida entre os remanescentes fiéis e aqueles que se debandaram pro lado da Erudição, o que acaba por confundir muitas vezes quem é amigo e inimigo. Os soros são bem mais usados nesse livro, não só os de simulação, mas também outros que podem matar, mudar o humor, paralisar. Ah, sim! Não podia faltar uma traição pra dar aquela agitada.

Percebam que, devido a todos esses fatores, a quantidade de cenas de ação é enorme! Toda hora era tiro pra cá, correria pra lá, fuga daqui pracolá. E eu como? Des-mai-a-da! chamaochamu

A culpa por ter matado Will consome Tris de tal maneira que atinge seus relacionamentos. Ela não só se sente mal pelo que aconteceu, mas também por não contar a Quatro/Tobias e Christina o segredo que tanto a atormenta. Aliás, segredo é o que não falta, todos eles têm algo a esconder, apesar de não sabermos de tudo porque o livro é narrado em 1ª pessoa pela Tris.

Nossa protagonista amadurece bastante de um livro pro outro. O sacrifício de seus pais influenciou sua mudança de visão e norteia várias de suas atitudes. Algumas horas, Tris quer se igualar a eles; em outras, valoriza sua vida e, consequentemente, a morte dos pais.

Mais do que tudo, sinto saudade dos medos que senti nas últimas semanas, tão pequenos quando comparados aos de agora.

Não posso deixar de falar do melhor casal de distopias: Tris e Quatro! <4

Já disse na outra resenha que o fato de não ter triângulo me fez gostar ainda mais. O relacionamento deles foi construído lentamente no 1º livro, mas agora está mais sólido, apesar de em algumas horas o quesito confiança ainda ser abalado por pequenas coisas. Os perigos pelos quais passaram, as situações de risco que viveram e os objetivos comuns os aproximaram de tal maneira que dá vontade de botar o nosso pescocinho em jogo só pra ser salva pelo lindo do Quatro. Coisa mais maravilinda da minha estante!

Como uma boa distopia, é claro que o livro está recheado de mortes. E tia Veronica, que deve ser discípula de tia JK, sai disparando a metralhadora e não quer nem saber em quem o tiro vai pegar. Ah, safada!

Os vários locais de abrigo de Tris e Quatro nos permitem conhecer o estilo de vida das outras facções. Assim, vemos como é o relacionamento dos membros da Amizade e da Franqueza e nos aprofundamos um pouco mais na Abnegação.

Às vezes, sinto que estou colecionando as lições que cada facção tem a me ensinar e guardando-as em minha mente, como um guia para me virar no mundo. Há sempre algo a aprender, sempre algo que é importante entender.

Foi bem bacana a autora ter feito questão de explicar, já quase no final do livro, o motivo do nome. Uma coisa é a gente imaginar, supor, relacionar de acordo com a história. Outra é ela encaixar o nome num diálogo e dar um sentido concreto a ele. Adorooo!

- Insurgente. Substantivo. Uma pessoa que age em oposição à autoridade estabelecida, mas que não é necessariamente considerada agressiva.
De novo, eu fiquei nervosíssima lendo o livro, com direito a prender a respiração e sentir o coração acelerar. No final, depois da última linha, eu fiquei totalmente boquiaberta. Como assim????????? Fechei o livro, fechei os olhos, tentei dormir e só conseguia pensar nas inúmeras possibilidades pra Convergente.

Agora preciso tomar vergonha na cara pra ler logo o desfecho. Que venha Convergente!

Resenha originalmente publicada no blog Todas as Coisas do Meu Mundo.

16 comentários

  1. Curto muito distopia e essa trilogia é ótima, super eletrizante.

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  2. Giulia!
    Pelo que entendi, mesmo o enredo trazendo vários outros personagens que a confundiu, você gostou dessa continuação e é bom quando isso acontece, porque uma série de distopia que não tem livros contínuos bons, desanima, né?
    Aguardarei a próxima resenha.

    Um final de semana carregadinho de luz e paz!
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  3. Oi Giulia... ao contrário de você li Insurgente de forma rápida... cada página que eu lia ficava com mais vontade ainda.... nossaaaaa a Verônica arrasa nessa sequência colocando a confiança ou melhor a desconfiança em ponto alto do livro... concordo com você Tris cresceu mais e amadureceu... quase entrei em crise com algumas de suas decisões e atitudes... mas adorei.... eu já estou com Convergente aqui para ler... e tremo só de pensar kkkkk Xero!!!!!

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  4. Apesar de ser um livro muito comentado e parecer legal, não gostei muito, não sou chegada a histórias futuristas ou ficção, me amarro em romances mesmo.

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  5. Oi Giu. Eu tenho um caso de amor e ódio com essa trilogia. Eu amei os dois primeiros livros. Insurgente eu gostei, Tris e Quatro são perfeitos, e ainda bem que não tem triângulo. É uma série que eu estava animada, mas desde que recebi o grande spoiler do terceiro livro me recuso a ler o desfecho. Não tenho forças para ler e por enquanto não pretendo ler Convergente. Mas aguardo sua resenha dele aqui para saber o que achou.

    Beijos
    Leitora sempre

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  6. Oi Giu, tudo bem? AAh, Insurgente <3 bom, não gostei tanto do livro quanto o primeiro, mas é uma leitura sem dúvida nenhuma, maravilhosa!! Bom, eu não fiquei tão confusa porque li o segundo praticamente depois de ler o primeiro (na verdade, eu comecei a ler Divergente logo quando lançou em 2012, mas meu exemplar veio danificado, e eu só pude continuar em 2013... essa é uma história triste que eu sempre conto), mas senti falta da Veronica dar uma relembradas em alguns fatos, só para os leitores não ficarem perdidos, pois são muitos personagens mesmo.

    Adorei as cenas de ação, que tem muita mesmo, e principalmente uma que se passa na sede da Erudição. Gostei bastante da evolução da relação dos dois, aí vemos que eles não são aquele casal que concorda em absolutamente tudo e são perfeitos, vemos que os dois guardam segredos e discutem como qualquer outro (bom, uma coisa que me irritou as vezes era a quantidade de segredos que ela guardava do Quatro), mas enfim, também é meu casal preferido. O Quatro é lindo mesmo! <3. Também gostei muito do Uriah ter aparecido mais, gosto muito dele. E nossa, as mortes.. quantas!! E o que falar daquela traição!?

    Bom, espero que goste de Convergente... não curti tanto a leitura quanto de Divergente e Insurgente, mas tem algumas partes bem interessantes.

    Adorei a resenha!!!

    Beijinhos,

    Rafa

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  7. Oi, Giu
    Estou com Divergente aqui. Amo distopias e ainda não consegui dar uma chance ao livro. Uma pena que não tenha devorado o livro como aconteceu com o primeiro volume! Eu confesso que pulei a parte em que fala do enredo (sim, sou sincero mesmo) pq eu fiquei com medo de captar algo que rola no primeiro livro que eu ainda não li. O atrasado.
    De qualquer forma, sua resenha tá ótima e me deixou com muita curiosidade em relação ao segundo volume e toda essa ambientação do livro.

    Abraço
    Adriano
    GeraçãoLeitura.com || http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/

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  8. Insurgente é realmente ótimo, meu livro favorito da trilogia (não que o último não tenha sido bom, mas esse derrubou forninhos!
    Tris evoluiu muito, e todo o contexto de traição dá até um nervosismo hahaha
    Melhor distopia, na minha opinião.
    Adoro o seu blog, e já estou seguindo.
    Beijos!
    http://respiramoslivros.blogspot.com.br/

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  9. Olá,
    a cada nova resenha que leio sobre essa trilogia, fico com vontade de ler, mas quando tenho a oportunidade de adquiri-los terminando comprando outro livro.
    Vai entender?
    Gostei da resenha, e concordo contigo, sinopse ta bem poooooobre, se a trilogia já não fosse famosa, creio eu que poucos leriam.

    Beijooos!
    Vivendo em Livros

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  10. Oi Giu, tudo bem?

    Eu curti insurgente. Ainda mais a forma como termina, fiquei de queixo caído. Pena que a autora ferrou tudo no último livro. Acabou todo o brilho da história. Mas espero que você tenha mais sorte que eu com a saga =P

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

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  11. Estou louca pra ler esta trilogia!
    Parece ser tão perfeita, li tantos elogios que me fez pensar em comprar
    mais estou esperando um desconto de natal hahah

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  12. Oi Giulia, não comecei a série ainda, acredita? Pois é, fico apenas acompanhando pelas resenhas e cada vez ficando na vontade. Legal o fato do título, sem dúvida quando o autor faz isso é ainda melhor!
    Bjs, Rose

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  13. Olá Giu,
    menina eu parei no primeiro livro e confesso ter amado, principalmente o romance como ele foi construído(que fofo <3).
    Tipo, eu estou meio assim de começar a ler o segundo( ate por que você levantou bastante minha vontade de pegar ele agora), estou com medo de pegar e não querer largar e ler tudo de uma vez. Sou daquele tipo: Devoradora.
    Gostei de saber que a personagem Tris cresce bastante neste livro, pois o que ela passou no primeiro, seria aconselhável que isso acontecesse. Mas você meio que deixou em vago o romance. Queria saber mais sobre isso.
    Olha moça, você acabou de me fazer ficar fora de controle, não quero e não posso pegar agora, mas sera que conseguirei, depois desta resenha?
    Adorei a resenha!

    Beijokas Ana Zuky

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  14. Ainda não li essa trilogia, mais vi o primeiro filme dos livros da Vêronica.
    Mais não achei tudo aquilo que estavam falando. Mas com certeza irei dar uma espiada na histôria da Tris e do Quatro.
    Achei uma pena o Wil ter morrido, quase chorei vendo a cena.

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  15. Eu quero muito ler está serie, leio muitas resenhas, e a cada resenha fico com mais vontade ainda de ler !! adorei a resenha.

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  16. Sinopse pobre² né! kkk Sou um dilema com isso, se é grande demais eu reclamo falando que tá cheio de spoiler e é metade do livro (exagero!), mas se é pequena eu acho que o autor foi preguiçoso.
    Amo livro cheio de ação, embora eu fiquei desnorteado e tento ler devagar para poder entender, não tô vendo a hora de meu box de Divergente chegar, se é que pai comprou né. AHAUA Gostei da resenha, conseguiu ao MÁXIMO não revelar da história!
    xoxo

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