Louco por você - Jasinda Wilder

Título: Louco por Você (Falling #1)
Autor(a): Jasinda Wilder
Editora: Novo Conceito
Nº de páginas: 272
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Nota:

Nell e Kyle são amigos desde a infância. Sempre fizeram tudo juntos, então ela nem se lembra de quando se tornaram realmente um casal. Quando Kyle morre da forma mais repentina, o mundo de Nell é lançado em um abismo de incertezas e dor. É quando Nell conhece Colton, irmão de Kyle e até então um completo desconhecido para ela. Estranhamente, é como se Colton a conhecesse há muito tempo... é como se ele a conhecesse por dentro. Ambos passam, então, a lutar para seguir em frente da melhor maneira possível. Nell, sufocada pelo peso da culpa.Colton, lutando contra a força que o arrasta em direção a ela... Cada um à sua maneira, os dois precisam desesperadamente encontrar o sentido da cura e do perdão. Entre a paixão e a dor, Jasinda Wilder combina o calor do desejo com a angústia, a perda da inocência, o luto e as tentativas de recomeço. O resultado é uma viagem ao mesmo tempo sensual e melancólica que ficará gravada em sua pele muito tempo depois que esta história terminar.

A sinopse desse livro já conta muita coisa - um fato que detesto - então vou resumir o resumo. rs Se é que vocês me entendem.
Nell e Kyle cresceram juntos e desde a infância sempre estiveram grudados um no outro. Com a chegada da adolescência e maturidade, naturalmente, como já eram melhores amigos, acabaram também descobrindo o primeiro amor. Tudo seria perfeito e talvez o futuro fosse promissor para eles, mas a vida acontece e traz aquelas fatalidades cruéis. Kyle morre e Nell fica arrasada, destruída e se sentindo extremamente culpada pelo o que aconteceu.

No dia do enterro do irmão, Colton reaparece na cidade depois de anos. Já adulto, maduro e dono do seu próprio nariz, Colton exala um ar grosseiro, perigoso, sexy e misterioso. Combinação perfeita, não!? Claro! Não fosse a imensa semelhança que ele tem com Kyle.

Quando Nell e Colton se conhecem, ambos estão vivendo a perda de Kyle, e ele mais do que ninguém entende de dor, sofrimento e perdas, mas a garota ainda não sabe nada disso. Ela só se sente confortável perto de Colton e chocada como ele parece ser o único a entender que ela não quer olhares de pena, abraços sufocantes e palavras de consolo intermináveis. Ela só quer sofrer em silêncio, sentir a falta de Kyle e sufocar no mar de dor que ela carrega.

Dois anos depois Colton está sentado no Central Park, tocando seu violão e cantando, quando a vê novamente. E assim acontece o reencontro de Nell e Colton. Ela agora está na faculdade, e ele vivendo sua vida como sempre viveu.

Agora ela está aqui. Por quê? Fiz de tudo para esquecê-la, mas seu rosto, seus lábios, seu corpo sob um vestido preto molhado... ela me assombrava.

Mas agora estão ali juntos, outra vez, e ele se dá conta de que nunca esqueceu a garota, e ela por sua vez percebe que a presença dele ainda ajuda a anestesiar sua dor. Nell luta contra o sentimento que começa a crescer por Colton e a culpa que esse sentimento traz. Ele, por sua vez, quer respeitar a decisão e o espaço dela. Assim, eles vão se conhecendo e convivendo dia após dia. Enquanto Colton tenta tirar Nell do mar de dor onde ela escolheu se afundar.

Nell, se tornou totalmente fechada e escolheu todas as maneiras erradas para se viver ou evitar o luto, a dor da perda. Ela muda completamente da menina doce, patricinha e feliz que conhecemos no início do livro para uma menina obscura, triste, amarga e revoltada. Largou a casa dos pais, escolheu na faculdade o curso que ela quis indo contra a vontade deles, passou a viver em boates, a sair com vários garotos, encher a cara e até a fazer automutilação.

É Colton quem luta por ela, ele mergulha no abismo onde ela se enfiou e a tira de lá. Ele, mesmo sendo grosseirão, com pinta de marrento - e ele é mesmo -, e sendo capaz de destruir um lutador de MMA, ainda assim consegue ser doce, amável e delicado quando se trata de Nell. É ou não é muito amor?

Ok, a história poderia ter parado aí, a autora já conseguiria dar um bom desfecho com isso. Mas ela faz isso? Não! Claro que não.

Pra mim, os três últimos capítulos eram dispensáveis. Ou eles poderiam simplesmente ter ocorrido antes. Entendi que ela quis dar um ápice, um drama pra história e depois encerrar, mas acho que a autora não soube colocar e acabou perdendo o compasso. É como perder o ritmo de uma música quando você a está tocando. Ficou fora de tom. Não sei, mas pra mim ficou forçado, não soou natural o fato ocorrido. E foi nessa hora que a história perdeu muito do encanto ao meu ver.

E por isso, só por isso, o livro ganhou 3, ao invés de 4 estrelas. Não é uma história daquelas que nos fazem ficar sem dormir, é um tanto clichê em diversos pontos. Mas a escrita da autora é boa, a história é muito boa e você lê sem se dar conta. É uma leitura gostosa, mas não vá com muitas expectativas.

As folhas são amareladas, com fontes e margens e espaçamentos de um tamanho excelente, deixando visualmente agradável a diagramação. Nos inícios de cada capítulo vêm no topo da página a sombra de um casal e os números e títulos respectivos.

A capa eu acho muito bonita, me chamou a atenção, e acho que combina muito bem com a história.

Então se você gosta de drama, romance, e também de algumas cenas picantes, esse livro tem tudo isso na dose certa.

Não há uma cura mágica. Não vou acordar amanhã curada e alegre. Ainda vou continuar ferida e de luto. Mas momentos como esse, ao lado de Colton? Eles tornam tudo suportável. Ele não me cura nem acaba com a minha dor. Ele apenas faz com que a vida valha a pena. Ele me lembra de que preciso respirar, mostra pra mim como é possível sorrir novamente. Ele me beija, e consigo esquecer a dor, esquecer os impulsos que ainda tenho de me cortar para apagar as emoções.