Mar de Rosas - Nora Roberts

Esta resenha NÃO contém spoilers do livro anterior.
Álbum de Casamento

Título: Mar de Rosas (Quarteto de Noivas #2)
Autor(a): Nora Roberts
Editora: Arqueiro
Nº de páginas: 288
Onde comprar: Submarino | Saraiva | Americanas | Fnac
Nota:

Emma Grant é a decoradora da Votos, empresa de organização de casamentos que fundou com suas três melhores amigas de infância – Mac, Parker e Laurel. Ela passa os dias cercada de flores, imersa em seu aroma, criando e montando arranjos e buquês.
Criada em uma família tradicional e muito unida, Emma cresceu ouvindo a história de amor dos pais. Não é de espantar que tenha se tornado uma romântica inveterada, cultivando um sonho desde menina: dançar no jardim, sob a luz do luar, com seu verdadeiro amor.
Os pais de Jack se separaram quando ele era garoto, e isso lhe causou um trauma muito profundo. Ele se tornou um homem bonito e popular entre as mulheres, porém incapaz de assumir um compromisso.
Quando Emma e suas três amigas fundaram a Votos, foi Jack, o melhor amigo do irmão de Parker, quem cuidou de toda a reforma para transformar a propriedade no melhor espaço para casamentos do estado.

E aí que eu gostei tanto do primeiro que resolvi continuar a série como se eu não fosse continuar mesmo sem ter gostado só por se tratar de casamentos. Ainda bem, porque esse livro é tão fofo quanto o primeiro e já começa a delinear as próximas duas histórias.

Vocês se lembram da Votos? Pois bem, a Arranjos é a parte da empresa sob responsabilidade de Emma, a florista/decoradora/fazedora de buquês mais antenada do universo literário. A mulher arrasa, combinando desejo dos noivos, flores da estação e muito bom gosto (vontade de voltar no tempo e contratá-la pro meu). E de longe é a mais romântica das 4. Vinda de uma família unida, fruto do amor duradouro dos pais, sonha viver uma cena digna de filme com um grande amor. Mas a vida... a vida é uma caixinha de surpresas! Conhece muitos, sai com vários, mas não ama ninguém.

Ela também gostava de ter companhia masculina. Gostava de sexo. E às vezes uma coisa levava a outra.

Já Jack não sonha e nem quer romance pra sua vida. Nada de compromissos, afinal, ele tem um trauma por causa da separação dos pais. Melhor amigo do irmão de Parker (a organizadora/cerimonialista/faz-tudo da Votos), cresceu com as meninas e as considera como irmãs. Mas tem uma quedinha por Emma desde a adolescência. E mal sabe que ela sente o mesmo por ele.
E aí? Como ultrapassar essa barreira?

A história está delineada. Ela cheia de amor pra dar e expectativas, ele querendo curtir sem assumir nada sério, os dois com medo de perder a amizade. Dúvidas de que a história causa suspiros, gargalhadas e muito mais?

Emma tinha cheiro de flores, mas Jack não conseguia distinguir quais seriam. Era um buquê misterioso e exuberante.

Antes de mais nada gostaria de dizer que tive muita dificuldade de compreender Jack. Também sou filha de pais separados, mas isso nunca foi motivo pra eu não querer ter minha história de amor. Não dá pra guardar "o amor que aprendi vendo os meus pais"? Beleza, bora ver os avós, os tios, os pais de amigos, o casal exemplo da igreja... Filho, não usa um exemplo ruim, por maior que tenha sido o impacto na sua vida, pra justificar sua fuga de compromisso. Mas, ditas essas coisas, bora avançar.

- Acho que o amor nunca está errado - começou Parker. - Seja ele passageiro ou eterno.

Não acho que Emma seja a mais parecida comigo das 4, mas não pude deixar de me reconhecer nesse seu romantismo incorrigível. Até hoje, casada há quase 5 anos, tenho meus momentos de olhar pro boy e o olhinho brilhar por me achar a mais sortuda das mulheres (e espero que isso continue até sermos velhinhos). Então entendi todo o seu drama e até senti o mesmo desespero que ela. Sou difícil de chorar - e não chorei mesmo -, mas isso não me impede de ter sentimentos durante a leitura. E carambolas! Eu sofri! Senti o peito apertado, sofrendo junto com a Emma, desejando ter 3 amigas que me colocassem no colo e me defendessem do mundo.

Falando em amizade, mais uma vez ela está mais do que presente. É incrível a sinergia entre as amigas, a maneira como trabalham, se relacionam e entendem. Mas, vamos combinar, é muito mais fácil pensar nessa idealização toda quando se tem muito, muito dinheiro. Que grupo de amigas não pensou em morar junto, mas mal conseguem pagar o aluguel e deixar sobrar um dinheirinho pras extravagâncias? Agora imagine morarem todas no mesmo terreno, cada uma com sua casa independente, seu próprio negócio, grana pra fazer reformas quando precisasse... Até concordo que dinheiro não compra felicidade, mas facilita muito as coisas! Invejei mesmo. kkkkkkkkkk

A capa não é a mesma que a original, e não sei qual gostei menos. A brasileira (igual à inglesa) mostra um buquê bonito, mas sem nada de especial, não consigo imaginar que a Emma tenha feito um desses. A original tem algo que não me agrada, ainda não consegui definir o quê. Talvez o aspecto de foto velha, essa mistureba de cores nas flores... Mas pelo menos se parece mais com um trabalho da Emma. Só não consigo entender por que raios esse povo bota o nome da autora enorme e do livro tão pequeno. Ok que a mulher vende por si só, mas pelamor! Me deu agonia!
Revisão e diagramação estão tão boas quanto no primeiro livro, nada a reclamar nem destacar.

Mar de Rosas foi uma aposta certeira, sabia que ia pegar, gostar e ler rápido. Dito e feito! Uma leitura agradável, previsível, mas extremamente gostosa. Vale a pena com certeza, ainda mais pras meninas que sonham com a festa de casamento.

A vida não era boa, pensou Emma. Era um incrível mar de rosas.

E, como boa gordinha, já quero o livro da Laurel, a doceira da Votos! E o estômago algo me diz que vou me identificar com ela. hahahaha