Naomi & Ely e A Lista do Não-Beijo - David Levithan, Rachel Cohn

Título: Naomi & Ely e A Lista do Não-Beijo
Autor(a): David Levithan, Rachel Cohn
Editora: Galera Record
Nº de páginas: 256
Onde comprar: Submarino | Saraiva | Americanas
Nota:

A quintessência menina-gosta-de-menino-que-gosta-de-meninos. Uma análise bem-humorada sobre relacionamentos. Naomi e Ely são amigos inseparáveis desde pequenos. Naomi ama Ely e está apaixonada por ele. Já o garoto, ama a amiga, mas prefere estar apaixonado, bem, por garotos. Para preservar a amizade, criam a lista do não beijo — a relação de caras que nenhum dos dois pode beijar em hipótese alguma. A lista do não beijo protege a amizade e assegura que nada vá abalar as estruturas da fundação Naomi & Ely. Até que... Ely beija o namorado de Naomi. E quando há amor, amizade e traição envolvidos, a reconciliação pode ser dolorosa e, claro, muito dramática.

Naomy e Ely são amigos inseparáveis desde pequenos, vizinhos de porta eles dividem todos os momentos; tanto os bons quanto os ruins. O único segredo que ainda paira sobre eles é a paixão de Naomi por Ely, ele é gay assumido e nem imagina o que ela sente de verdade por ele.

 Naomi é paciente e parece não se importar para o gosto de Ely por meninos, ela nunca perde a esperança de um dia ser correspondida. Com a intenção de preservar a amizade deles e evitar futuros desentendimentos eles criaram a lista do não beijo, que nada mais é que uma lista de nomes dos garotos que nenhum dos dois pode beijar em hipótese alguma.

A lista do não beijo sempre foi muito respeitada por ambos, ela ajudava os amigos a manter o equilíbrio da amizade deles, até que em uma jogada do destino Ely acaba beijando Bruce, o segundo, namorado atual de Naomi (que por sinal não estava na lista) e acaba despertando em sua amiga um imenso ciúmes, mas não voltado para o Bruce e sim para Ely.

Naomi e Ely tem os capítulos narrados em primeira pessoa e são intercalados entre os inúmeros personagens que existem na trama, até mesmo os secundários, o que para mim foi uma característica nova que gostei bastante, pois deixou a leitura mais dinâmica apesar de ter me deixado um pouco confusa no inicio.

A estória é bem juvenil, focada na amizade e nos conflitos de Naomi e Ely, os autores desenvolveram a trama em volta dos dramas vividos por eles e na dificuldade dos dois em se desenvolverem, crescerem e enxergarem o que realmente vale à pena na vida.

 Devido ao tom juvenil extremo em que o livro foi escrito eu não curti tanto assim, tanto Naomi quanto Ely mesmo muito jovens são extremamente fúteis e orgulhosos e não se permitem demonstrar o que realmente sentem, suas atitudes infantis me irritaram e fizeram minha leitura ficar lenta e tediosa.

Mesmo com todas as ressalvas o livro é de rápida leitura (mesmo eu sentindo ela se arrastar), os outros personagens e o tom bem humorado meio que salvam a trama, mas infelizmente não conseguiu me conquistar por inteiro, talvez se o amadurecimento dos personagens tivesse acontecido mais cedo e tivesse tido um desenvolvimento mais aprofundado no quesito crescimento pessoal eu teria conseguido aproveitar mais a leitura.

Enfim, mesmo eu não tendo caído de amores pela estória, a leitura é leve e consegue o objetivo de entreter. Recomendo a leitura aos adolescentes que com certeza terão uma identificação maior, mas nada que impeça um “adulto” a se aventurar a lê-lo e tirar suas próprias conclusões, talvez você goste mais do que eu.

Não existe alma gêmea... e quem gostaria que existisse? Não quero ser metade de uma alma compartilhada, quero a porra da minha própria alma.