{ papo reto } O peso de Eleanor

O Papo Reto de hoje não é literário. Mesmo assim, eu quis trazer pra gente discutir...
Vocês que acompanham o blog sabem que eu tenho uma deliciosa camada extra de cobertura de caramelo (¬¬) e alguns números a mais na balança. E também sabem que eu amei Eleanor & Park. O que isso tem a ver?
Hoje li um texto muito bom da Rainbow Rowell, autora de E&P, sobre o peso da Eleanor. Primeiro vamos ler e depois partimos pra nossa conversa, okay?


Eleanor é gorda.
Eleanor também pensa que é gorda.
Ela provavelmente não é tão gorda quanto pensa...
E ela definitivamente não é tão repugnante quanto pensa que é. Ela, absolutamente, não é repugnante.
Esta questão - Eleanor não é muito gorda, não é? - surge com bastante regularidade para mim. E às vezes (nem sempre!) eu sinto como se as pessoas esperassem que eu as tranquilizasse:
"Não se preocupe. Eleanor não é realmente gorda. Você não estava imaginando uma pessoa gorda vomitando na parte de trás de um carro; isso seria grosseiro. Ela é, na verdade, apenas curvilínea. Como Marilyn Monroe. Ou Jennifer Love Hewitt."
Eu não digo no livro (Eleanor & Park) com qualquer autoridade narrativa exatamente quão gorda Eleanor é, embora muitos dos personagens digam o que pensam...
Eleanor vê a si própria como enorme e repulsiva. As crianças do bairro a chamam de "Big Red", o que faz com que o pai do Park espere que ela seja muito grande. Park está envergonhado por Eleanor por vários motivos, e nos dá a descrição física mais clara de seu corpo:
Fechou os olhos e a visualizou mais uma vez.
Um montinho de coraçõezinhos sardentos, uma casquinha de sorvete perfeitamente moldada.
Como Betty Boop desenhada por uma mão pesada.
Mas nada que responda à questão da gordura.
E isso é porque eu não acho que é importante. Eu sei como imagino Eleanor - mas eu não me importo como você imagina Eleanor. E eu acho que desenhar uma linha entre o "meio que gorda, mas apenas para os padrões americanos do século 21" e "muito, muito gorda" é deprimente.
Quero dizer, quem sou eu para desenhar essa linha? Quem é você? E onde é que vamos começar?
Park acha Eleanor linda. Ele a ama por quem ela é por dentro, e ele a ama por quem ela é do lado de fora. Ele quer beijá-la. Ele quer fazer amor com ela. E não é porque ele é corajoso e profundo - é porque ele está atraído por ela.
Esta é a forma como atração funciona.
Eleanor é gorda? Sim.
Quão gorda? Aí é com você.
Isso importa?

Esse texto está disponível no blog da autora. Se eu já amava a Rainbow por ter escrito um dos romances mais lindos que já li, depois desse post eu fiquei ainda mais encantada com essa mulher.
Quem ainda não leu E&P precisa fazê-lo urgentemente! Eu não vou falar de novo tudo que senti durante a leitura porque pra saberem isso é só vocês lerem a resenha.

Eu sempre fui gordinha, já estive com obesidade e sempre lutarei contra a balança. Tem a questão da autoestima? Sim. Mas tem principalmente a questão da saúde. 24 anos e hérnia de disco não combinam, e foi isso que me ajudou. Ou emagrece, ou sente uma dor que te impede até de dormir direito. Mas isso diz respeito a mim.

Gorda eu namorei, gorda eu noivei, gorda eu casei, muito gorda eu renovei votos. Meu marido? Filé de borboleta. Se bem que hoje ele tá tchutchuco depois de anos de academia, mas tira o olho que ele tem dona. :D. O "pior" é que ele me conheceu de farda, numa época em que eu não podia usar maquiagem, esmalte, brinco... zero vaidade! E mesmo assim ele se apaixonou por mim. Tá, confesso que por um tempo eu também estive na neura de "como esse menino magro pode gostar de uma gorda feia que nem eu?". Eu tive - eu tenho! - um pouco de Eleanor dentro de mim (pena que meus cabelos não são nem ruivos nem cacheados). Eu me sentir feia não impediu de o Eli enxergar a Giulia de verdade. Mas também não impediu os olhares reprovadores nas nossas saídas ao shopping ou à praia, especialmente na minha fase mais pesada. Mas isso ainda se refere a mim, ao meu relacionamento.

O que as pessoas pensam de mim é que é a questão aqui. Sabe o que me dá raiva? É povo que nunca me viu na vida querer falar do meu peso. É gente que não paga as minhas contas rindo porque uso biquíni na praia. É conhecido que sabia que eu descontava a tristeza pela ausência do Eli na comida dizendo que emagrecer era questão de força de vontade. Vem cá, desde quando magreza é sinônimo de beleza ou de vida saudável? Desculpaê! Ninguém é mais ou menos legal ou bonita por causa do peso.

Já reparou que o tombo de um gordo gera muito mais risadas do que o de um magro? Já ouviu a frase "gordo fazendo gordice" ou "tinha que ser gordo"? Já viu alguma vendedora de loja de roupa olhando torto quando entra uma gordinha na loja? Pois é, eu já. E dói. A gente ri, leva na brincadeira, chama a atenção pra gente, faz piada com o próprio peso, mas tudo isso é disfarce. A lágrima vai vir, se não na hora ou no dia, na próxima crise de "por que eu sou tão gorda".

E eu acho muito engraçado - no mínimo curioso - que as pessoas que têm essas atitudes são as mesmas pessoa que criticam a homofobia, o preconceito racial e o machismo. Mas que beleza! Discriminar o coleguinha pela opção sexual, raça ou sexo não pode, mas porque é acima do peso pode? Valeu! Coerência mandou lembranças!


Às vezes sinto como se o peso estivesse vinculado ao caráter, à personalidade, à produtividade. Se o sanduíche do colega que estava na geladeira do trabalho sumiu, a culpa é de quem? Se um cheiro ruim aparece no elevador e tem um gordinho junto, quem foi que soltou o pum? Quem foi eu não sei, mas tenho certeza de que a maioria das pessoas vai olhar torto pro gordinho. Porque é errado ser gordo, é gula, é pecado, é falta de esforço, é descompromisso... É tudo, menos o que realmente é: problema da pessoa.

Tom Jobim já dizia que no peito dos desafinados também bate um coração. No peito dos gordos, dos feios, dos nerds, dos cheios de espinha, dos muito altos ou muito baixos... no peito de qualquer um fora dos padrões de beleza da mídia (?) também bate um coração. Nós amamos, nós choramos, nós sonhamos, nós vivemos.

A Rainbow questiona exatamente isso e dá um tapa na cara dos autores que vêm com um discurso de "vou criar um personagem lindo porque as pessoas querem suspirar, de feia já basta a realidade". Como eu disse lá em cima, E&P é um dos melhores livros que já li, e a ausência de uma gostosona ou de um cara de olhos claros não me fez a menor falta.

A Eleanor é linda. E, se você não acha, problema seu. O Park acha. E isso é o suficiente pra ela. ;)


PS: Agradecimento mais que especial ao Robson, do Perdido em Palavras, e à Flávia, do Livros e Chocolate, por sempre me salvarem nas horas de tradução. :)

27 comentários

  1. Lindas palavras!!!! Amei, amiga!!! Importa mesmo o coração da pessoa, a aparência não importa. Só para ela e para ele. Se eles se gostam, dane-se o mundo! E se o Eli te ama, é porque ele te acha linda! E fica sabendo que eu te acho linda! Um big beijo!

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  2. Ahhh Giu, adorei seu depoimento!
    Eu nem li Eleonora e Park, mas já sinto uma necessidade crescente com essa história! A autora mostrou mais uma vez que merece o sucesso que está fazendo. Se ela surpreendeu com uma protagonista fora dos ditos padrões de beleza, agora ela sambou na cara da sociedade.
    A gente brinca, faz piadinha com o nosso peso, do contrario faremos o que? Chorar?!
    A verdade é que ninguém sabe, ou melhor, ninguém tem o direito de julgar essa ou aquela pessoa por ser gorda. Não emagrecer pode ser falta de força de vontade? Em alguns momentos sim, mas muitas vezes a dificuldade está ligada a questões de saúde e o emocional se inclui nisso! E outra, quem gente que se sente bem assim! Ela não é obrigada a mudar por conta do padrão de beleza estipulado por A ou por B.
    Enfim, enfim. Adorei o post <3

    Beijos, Dreeh

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  3. Texto mais que perfeito, eu já admirava muito a Rainbow, mas agora nem tenho o que dizer... Que importa o quão gorda é a Eleanor, ou se eu mesma sou magra demais para estar no padrão? Realmente me surpreendo com as atitudes de algumas pessoas, o pior é que algumas vezes fica difícil não se importar com o que elas fazem ou dizem...
    Bjs

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  4. Lindo texto, realmente as pessoas hoje em dia julgam alguém pelo corpo, como se isso fosse mudar no caráter da pessoa. Seu marido é realmente incrível, não pelo fato de você estar se sentindo baixa autoestima e sim ele ter gostado do seu interior, de como você ri, você se expressa em palavras ou gestos. Isso é um amor adulto e de respeito. Eleanor é linda para Park, não precisa ser para mais ninguém. Se você é tão importante para alguém que mais ama, para que ser importante para quem nunca nem te viu e mal sabe teu nome.
    Essas piadinhas correm mesmo, ridicularizando e ofendendo o outro. Tenho ânsia por pessoas do tipo.
    Abraços Giulia,
    ThayQ.

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  5. Esse texto que a Rainbow escreveu é tudo!! Seu relato também é uma maravilha!! Eu acho que se a pessoa está bem de saúde (que para mim é o mais importante!) não importa. Se ela tá bem consigo mesma, o que as outras pessoas tem que falar?! O que você falou sobre as pessoas reprovam a homofobia mas minimizam o bullying contra os gordos(as). Também tenho um amor profundo por esse livro <3 Espero muito que vá para os cinemas e que até cause discussões sadias sobre o assunto. Afinal todos nós queremos alguém que nos ame por quem nós somos!

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  6. Oii!!
    adorei o texto, sábias palavras do autor
    o que vale em cada ser humano é a essêscia que cada um traz e o bem estar
    e o que tem no coração.e não a aparencia corporal
    beijo
    www.marichic.com

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  7. Olá

    Adorei o seu texto, uma espécie de desabafo muito válido. Meus pais sempre foram gordinhos, principalmente minha mãe, mas de certa forma a família e os amigos sempre a ajudaram nessa questão da auto-estima, acho que é uma das coisas essenciais pra se conviver nessa sociedade de hoje em dia. O amor próprio é muito importante, afinal de contas se a gente não se gostar, muito difícil que os outros gostem. Parabéns pelo relato. Contudo, também fiquei ainda mais interessado em ler Eleanor & Park.

    PS: *orientação sexual, porque ninguém escolhe sofrer preconceito ;)

    Abraço!
    www.umomt.com

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  8. Giulia lindona amei o texto e está perfeito o texto, Gorda para quem ? amei
    Se for para você, com certeza vc vai tomar alguma providenciar, se para você , seu peso está ideal, se sentir bem , vai viver a vida e deixar de lado pessoas que acham que o peso é medida de caráter, já vi tantos magrinhos com atitudes horrendas . Hoje após 10 meses do Ian nascer ainda tenho uns quilos a perder, mas estou de bem com a vida e comigo mesmo . A opinião dos outros sobre meu corpo não importa , importa quem me ama assim do jeitinho que sou. Lindo texto . beijos

    Joyce
    www.livrosencantos.com

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  9. Oii Giu, tudo bem? Adorei o seu post, e é bem verdade isso... eu tive uma época de ser uma criança gordinha e agora estou voltando a essa época, e é realmente difícil ter que lidar com os olhares tortos e o preconceito... mas o importante é nos sentirmos bem conosco mesmo, e saber que tem gente que nos ama pelo que somos... e a opinião dos outros, quem as muitas vezes nem nos conhece, não devemos nos importar (se bem que as vezes é complicado mesmo).

    Adorei o seu depoimento e adorei o texto da autora, realmente, é difícil ler um livro em que as personagens não sejam perfeitos, e é sempre bom ver que nem todos pensam assim, e criam, acima de tudo, personagens reais.

    E agora quero ainda mais ler Eleanor & Park

    Beijinhos,

    Rafa // Vamos Falar de Livros?

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  10. Hoje está sendo um dia de surpresas... Cheguei aqui por acaso e me deparei com esse texto incrível!
    Acho que nem tenho o que dizer, considerando que você falou exatamente TUDO o que eu venho repetido pra mim mesma nos últimos meses. E são poucas pessoas que entendem o que a gente passa com nossos próprios pensamentos e sentimentos...
    Já sofri bullying por causa do meu peso, já duvidaram da minha capacidade e também já me julgaram por namorar um cara magrinho. Já odeiei meu peso e odiei a mim mesma, mas quer saber? Hoje eu vejo que eu tenho muito mais a oferecer do que minha aparência externa. E sim, eu posso me achar bonita, mesmo com todos os quilinhos a mais. Essa é uma lição que eu tento me ensinar todos os dias e que, graças a Deus, tem surtido efeito até no meu humor e na minha autoestima.
    Enfim, falei demais, mas só queria dizer: obrigada por esse texto. Queria eu que todos pensassem assim.
    Beijos,
    Thaís.

    www.missthay.com

    p.s: minha curiosidae pela história de Eleanos & Park só cresceu agora ♥

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  11. Olá!
    Ainda não tive a oportunidade de ler "Eleanor e Park", mas tenho muita vontade.
    Amei esse texto da autora e tiro o meu chapéu para ela. Ela tem razão ao se perguntar quem é ela e quem somos nós para desenhar uma linha entre o "gorda e não tão gorda assim".
    Eu acho que todo mundo tem um pouco de Eleanor dentro de si. Nós nunca estamos satisfeitos com nossa imagem... seja por estarmos fora dos padrões tão ridículos impostos pela sociedade ou por achar que ficaríamos melhor se perdessemos ou ganhássemos uns quilinhos, se tivéssimos o cabelo assim e não assado...
    Essas piadinhas, que não podem ser chamadas de outra coisa que não seja Bullying, já estão tão enraigadas no imaginário e no cotidiano das pessoas que elas nem para para pensar nos efeitos que pode ter em uma auto-estima baixa, em alguém que não recebe elogios ou não está satisfeita com a própria imagem.... uma lástima.
    Isso aí, a Eleanor é linda, você é linda, eu sou linda, somos todxs lindxs e é o que importa! Quem discorda... bem, não estamos nem aí!

    Beijos,
    Amanda
    http://minhasconfissoesfemininas.blogspot.com.br/

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  12. Giu, amei sua postagem! Primeiro, adorei o que a autora escreveu, e seu depoimento foi inspirador. Tem uma mulher no trabalho que não sabe nem meu nome e veio me perguntar se eu estava grávida... pois é... o cúmulo da inconveniência. Pelo menos fiquei livre dela, nem olha mais na minha cara depois disso, o que não me faz a menor falta, nem no meu turno ela trabalha. Mas o que mais me incomoda em qualquer aspecto da vida é isso: por que as pessoas que nem te conhecem acham que fazem parte da sua vida e que podem se meter? Sinceramente, respondo só com o olhar e a pessoa realmente entende. O importante é a gente se gostar, cuidar da saúde, se sentir bem com a gente mesmo. O resto é o resto, e ninguém tem nada com isso.

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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  13. Oi Giu, tudo bom?!

    Primeiro tenho que confessar que essa autora ganhou um espaço especial no meu coração e que fiquei com mais vontade de ler esse livro. Também faço parte do time das gordinhas desde sempre. A família por parte de mãe toda é assim, então genética pra que te quero. Apesar de SEMPRE sofrer provocações na escola desde pequena, eu tentava ignorar. As vezes dava certo, mas em outras não. Chorei muito por causa do meu peso e comecei a emagrecer absurdamente e de uma forma não saudável por causa dos outros. Eu não me reconhecia quando me olhava no espelho, não tinha mais o sorriso de sempre, eu tinha virado uma pessoa infeliz. Depois comecei a comer compulsivamente, se estava triste, eu comia, se estivesse feliz, eu comia e assim eu seguia. Eu tenho facilidade em perder e ganhar peso, mas me sinto tão completa que parei de sofrer. Gosto de mim do jeito que sou. Mas virei professora depois de um bullying cometido por uma professora de literatura no primeiro/segundo colegial. Ela foi o meu motivo de sair da escola e querer ser uma professora melhor do que ela. O mundo é dos gordinhos minha linda, que se danem os padrões. Eu faço os meus próprios padrões.

    Parabéns pelo seu texto lindo e emocionante! Muito sucesso para você, independentemente do seu manequim! <3

    Beijos, Rob
    http://estantedarob.blogspot.com.br

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  14. Ótimo texto Giu.
    Desde quando ser gorda, ser magra, ser feio ,ser bonito define alguém? Mas os fúteis sem noção infelizmente estão aí... com certeza a autora foi muito feliz em criar Eleanor, uma personagem que foge aos padrões ditados pela sociedade, com certeza essa história será um incentivo a muitos que sofrem bullying.
    "...é gorda? Sim.
    Quão gorda? Aí é com você.
    Isso importa?"

    Beijos.
    Leituras da Paty


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  15. Oi Giulia, sempre tive certeza que nem gordura e nem magreza são sinônimos de saúde e beleza.Ambos em excesso tem suas desvantagens. Quando eu era criança, era seca, minha mãe nem gostava de me ver correndo com medo que meus ossos se quebrassem... kkk Hoje se fosse pela estética, o ideal seria eu perder uns 6 quilos, mas pensa que ligo? Não estou nem aí... Eu estou bem, meu marido está bem, e tudo certo.
    Bjs, Rose.

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  16. Ei Giu, tudo bem?

    Eu tenho esses complexos. Até porque engordei 10 quilos desde quando comecei a namorar o Bruno e lá se foram 4 anos. É muita coisa. E nos cinco meses antes de namorarmos eu já tinha engordado 4. Tenho muita saudade do meu corpitchu sarado e magro com os ossinhos aparecendo e sem esse braço obeso. Sei que a gente tem que se aceitar, mas minha questão também é de saúde. Peso a mais força meu joelho e arrebenta minhas costas porque minha postura é nula.

    Bom, é isso. Parabéns pelo texto

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

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  17. Oi, Giu.
    Primeiro: ainda não li E & P. Sei que eu vou amar demasiadamente, mas não posso adquirir livros no momento :'( Enquanto isso, eu vou sofrendo um pouco.

    Vamos comentar esse texto? Primeiro, aplaudo a atitude da autora em criar este texto. Lindo mesmo e eu adorei!! Pra que perfeição se ela não existe? E o que é perfeição? Aquilo que a mídia diz que é belo? Aff
    Eu acho extremamente lindo o seu desabafo. É interessante como este preconceito contra gordinhos sempre existiu. Historicamente, as mulheres belas eram as cheinhas, com carne e criança sadia era sinal de que devia ser gorda. O tempo muda e as pessoas esquecem do passado. Tapam seus olhos e se portam como cordeirinhos do sistema! Eu detesto e repudio todo e qualquer tipo de preconceito. Já sofri bullying na escola por ser muito magro, por ser muito nerd, por ser nordestino, por ser cabeçudo e etc. Acredito que sempre haverão aqueles que disseminarão ódio, independente de ser gordo ou magro. O ser humano é falho em sua essência.
    Eu me identifiquei muito com seu desabafo no entanto pelo motivo oposto. Meu problema sempre foi por ser magro demais. Bambu de cutucar estrela, vara de derrubar mamão, lombriga seca e etc. A gente ri, para esconder as lágrimas que caem quando estamos sozinhos na frente do espelho. Já sofri muito por isso e volta e meia ainda me sinto insatisfeito com meu corpo, mas logo passa. Eu sou saudável e até hoje minha magreza não me trouxe problemas (exceto ser vítima da ignorância alheia). De qualquer forma, eu vou levando e arrastando essas situações.
    Enfim, eu te entendo completamente e torço por um mundo onde essas diferenças possam ser aceitas como normais por serem normais!

    Belíssimo post!

    Abraço
    Adriano
    GeraçãoLeitura.com || http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/

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  18. Oi Giulia, assim como você sou do time das gordinhas e não me envergonho disso. Se busco perder alguns kilos? Sim, mas por questão de saúde e não de estética. E quem disse que as magras são as mais bonitas? Várias gordinhas por ai arrasam. Adorei o que a autora escreveu! Quem tem que pensar alguma coisa somos nós. Assim como você conheci meu namorado magro a muitos anos e ele gosta de mim exatamente do jeito que eu sou!
    Um brinde a nós!
    Beijos
    Blog: Porão da Liesel
    Fanpage

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  19. Olá Giu, ainda não li nada da autora, mas agora sinto que necessito ler esse livro <3 Bom sobre a discussão eu tenho uma opinião próxima da sua, acho hipocrisia criticar preconceito racial ou homofóbico quando pratica o preconceito em pessoas que não segue o padrão de beleza que a sociedade impõem, acho que todos temos nossa forma de beleza e se alguém esta acima do peso não se deve criticar por não estar "bonito" ou pegar no pé com brincadeiras sem graça, acho que essa é uma questão de cada um que vai saber qual é sua forma ideal e oque é belo para si...

    Visite o blog "Meu Mundo, Meu Estilo"

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  20. Oi Giu, tudo bem
    Preciso dar meu depoimento. Lhe conheci pessoalmente recentemente em um evento literário. E você tem um corpão!!!!!!! É uma pessoa linda, chama a atenção e pelo contato que tivemos (fizemos parte do mesmo grupo no evento) é divertida e inteligente. E pelas postagens do seu blog, descobri que é cantora, tem opiniões fortes, tem valores religiosos. Não conheço seu marido, mas tenho certeza que foi por isso e por muito mais (já que não lhe conheço a fundo) que ele se apaixonou!!!!!!
    Sabe, me falaram essa semana que os homens são visuais, que a primeira coisa que eles olham é aparência. Pode até ser. Mas para mim, a aparência vem da alma, se você se gosta, se está de bem com a vida, bem humorada, é essa a aparência que vai passar para os outros. E ninguém se apaixona por aparência, o amor, a paixão, o fogo, está na alma, na troca de olhares, nas mãos entrelaçadas, em perder o fôlego quando a pessoa se aproxima. Me desculpem, mas gordo, magro, alto, baixo, com a pele alva, com a pele morena, tímido (culpada!!!!!!), extrovertido, belo, feio, não importa. Como disse o padre Fabio de Mello em um vídeo belíssimo, eu quero é chegar na velhice e descobrir que tem pessoas ao meu lado que me amam de verdade quando já não posso mais ser útil para nenhuma delas.
    Quem não viu, é imperdível (https://www.youtube.com/watch?v=SPXaWPs9bAY) .
    Beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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  21. Oi Giu.... você mexeu em um tema complicado digo isso aos olhos dos preconceituosos... e eu detesto isso.... Sempre fui cheinha também, mas não tanto e mesmo assim sofri preconceitos na minha adolescência... mas as coisas ficaram piores depois que tive minha filha e nunca consegui emagrecer os quilinhos que ganhei... então sou sim acima do peso.... e sofri preconceitos maiores e a pior de todas nas lojas... mas quer saber chorei por um tempo, mas depois pensei melhor porque eu devo chorar... não me lembro de ter feito nada errado nessa minha vida... porque estou sofrendo pelo o que os outros pensam??? Resolvi deixar pra lá e ser feliz do meu jeito.... não tenho namorado por opção... não acredito nos homens... e não tenho coragem de casar-me com uma filha linda e adolescente dentro de casa... não confio em homem nenhum... mas isso é uma questão mais interna minha... Hoje em dia consigo comprar roupas bonitas a meu gosto e pra gordinhos porque antigamente era uma luta porque as roupas eram bem feias... como se nós gordinhos não pudêssemos ter o prazer de nos vestir bem... era um saco... Hoje preciso emagrecer por questão de saúde, meus joelhos estão gritando... mas só por isso porque me amo assim.... Há três meses fui promovida dando um tapa na cara de todos os preconceituosos... trabalhava em um contact center por anos... e muitas pessoas me falavam que eu não cresceria na empresa porque era gorda e feia... não me falavam nessas palavras, mas era perceptível... após a minha promoção percebi que não era a minha vez de crescer profissionalmente, porque Deus tinha preparado algo melhor e hoje estou em uma equipe que me aceita... e me faz feliz... estou bem onde estou e todas as vezes que olho na cara das pessoas que me falaram isso dou risada.... e me orgulho de sempre me amar... Adorei o tema... Xero!

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  22. Olá, Giu! Nossa, muito lindo e legal seu texto. Acho válido esse desabafo não só em seu nome, mas no nome de todos os gordinhos que sofrem preconceito e aguentam calados tantas merdas de gente sem visão nenhuma do que é certo/errado. Tenho uma amiga com problemas da obesidade, nossa, como ela sofre! Já chegou ao ponto de ela se isolar em casa para não ter que ir trabalhar e pegar ônibus e, sem querer, atrapalhar os outros.
    Bem, é uma questão difícil de lidar e que só será bem aceita com uma nova educação da sociedade que ama um estereótipo.
    Quero mais que tudo ler E&P! <3
    XOXO
    http://www.bookmore.com.br/

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  23. Ola Giu, tudo bem?
    Do que vale uma embalagem bonita e o conteúdo há tempos está vencido?
    Lendo teu texto, lembrei de um livro que li recentemente, onde o autor faz críticas a beleza, chegando a dizer que é "um presente caro da natureza". Concordo com ele, na leitura da trama entendemos o que ele quer dizer. O livro é "A Festa", te indico. Depois lê-lo fiquei reflexiva. É bom existir livros que fogem daquela coisa que o que realmente importa é estereótipo.
    Li sua resenha sobre E&P, mas confesso que o livro só me chamou a atenção depois de ler o que a autora publicou no blog, e principalmente depois de ler teu texto.
    *Aplausos em pé para você *

    Parabéns!

    Beijoooos!

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  24. Oi Giu,

    Amei o seu texto. Sabe, a sociedade em geral avalia a casca e a casca é casca como já diz a palavra é algo superficial, o que conta e o que está dentro e pode ser saboroso, divertido, alegre, lindo... e isto vale para tudo e todos. Pelo menos para mim o que vale é a essência da pessoa, o resto pouco importa.

    E, minha linda eu sou o tipo de pessoa que não se importa em nada com a opinião negativa dos outros. Sempre parto do princípio de que não julgo e não quero ser julgada, opiniões negativas e destruidoras as pessoas devem guardar para ou colocar em algum lugar que não é apropriado eu falar aqui.
    Posso passar este seu texto para uma amiga querida ler? É que ela sempre se acha um horror, tem uma auto-imagem negativa de si.

    Beijos
    Tânia Bueno
    www.facesdaleiturataniabueno.blogspot.com.br

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  25. Oi Giu,
    Excelente texto ponto de vista. As pessoas têm mania de achar que podem se meter na vida dos outros, julgá-las e gostar mais ou menos se essa pessoa estiver dentro do padrão (de beleza, social, intelectual) e só querem se misturar com quem é mais próximo do que essa pessoa (vazia) pensa que é. As pessoas sentem vergonha de ter uma prima, um primo, um irmão gordinho ou pobre ou que não tem a mesma escolaridade ou carimbos no passaporte. Digo isso porque sinto na pele... o quesito peso e carimbo definem se estarei em uma festa da família e quem estará ao meu lado! Que sorte a minha, enquanto falam de mim, estou comendo (e sendo feliz), conversando com pessoas que vão me ouvir e não me cortar (sendo feliz).
    Entao acho que é isso, as vezes as pessoas não entendem que além daqueles que sofrem pelo peso, têm aqueles que optaram por outro estilo de vida. Eu por exemplo, comer me faz feliz, não é fuga, não é ansiedade, é prazer!!!
    Viver sofrendo porque não pode comer isso ou aquilo é tortura! Quem leva isso na boa, sem sofrer, por ser uma opção, blz, mas sofrer??? A vida por si so já é dura demais!!! Tô fora!!!!
    Beijos com orgulho de vc!
    Chrys Audi
    Todas as coisas do meu mundo

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  26. Oi, tudo bem?
    Eu ainda não li esse livro, mas quero muuuito, pois só vi elogios sobre ele e desde quando o vi pela primeira vez senti que se tratava de um livro lindo *-* Agora lendo esse seu post, fiquei mais animada com a leitura ainda, adorei o texto da autora e simpatizei mais com ela ainda. Quanto ao seu texto, eu adorei ele também, sempre vai ter pessoas que vão nos olhar torto mesmo, pessoas que fazem piadinhas e resta a gente rir, mas a verdade é que magoa, né? Enfim, eu sou muito magra, tanto que quero engordar um pouco, mas sofro com as brincadeirinhas por ser um pingo de gente kkkk No entanto, eu posso tentar te entender mais ou menos e digo: Você é linda, seu marido acha isso e o resto das pessoas que sofram sozinhas u.u kkkkkkk

    Beijos e amei esse post <3
    Larissa - http://srtabookaholic.blogspot.com.br

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  27. Oie,
    Sempre tive vontade de ler os livros da autora, quando tive a chance de compra-los optei por outros e acabei ne arrependendo do que tinha feito. Já tinha uma certa simpatia pela autora, agora minha vontade de ler seus livros e minha admiração pela autora só aumentaram.
    É muito bom algum autor retratar uma personagem que seja realista, que não seja magra e sim mulher que tem seus defeitos, é gordinha e ainda assim continua linda e maravilhosa, e mesmo que as pessoas a julgam continua com a cabeça erguida e feliz com seu corpo e sua aparência.

    Beijos,
    Sarah

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