{ particularidades } Um vício chamado reality show

Se você me perguntar por que exatamente eu gosto de assistir, eu não vou sabe te responder. Só o que sei é que gosto, não importa o formato, não importa o assunto, não importa se é com famoso ou gente desconhecida.

Reality show é um tipo de programa televisivo baseado na vida real. Podemos então falar de reality show sempre que os acontecimentos nele retratados sejam fruto da realidade e os visados da história sejam pessoas reais e não personagens de um enredo ficcional. Exemplo deste é o programa mundialmente conhecido Big Brother, criado em 1999 por John de Mol.
Fonte: Wikipedia

Meu primeiro contato com esse tipo de programa foi o No Limite, na Globo (foi o primeiro reality exibido no Brasil). 2000, eu tinha 10 anos e ficava acordada até tarde em pleno domingo pra assistir (passava depois do Fantástico). Quem aí se lembra do olho de cabra? Hahahaha! Acho que sou meio sádica, porque adorava ver o povo todo passando fome, sede, calor, cansaço... Mas também sentia pena quando o Zeca Camargo martelava o pingente deles. Que dó! Que dó!
Off: a vencedora da primeira edição foi a Elaine, uma beeeem gordinha, que só ganhou por causa do peso, porque o bote não virou com a onda, ao contrário do que aconteceu com a Pipa, sua adversário. Anos depois, tava a mulher naqueles programas tipo Sônia Abrão dizendo que tava numa situação financeira ruim e que precisava de uma cirurgia pra emagrecer. Esse drama todo rendeu não só a cirurgia como a cobertura deste fantástico SQN evento.

Aí veio o Big Brother, no qual um grupo de pessoas desconhecidas do público e entre si eram confinadas numa casa com o único objetivo de conviverem. E como ser humano é bicho estranho, sempre sai uma esquisitice quando junta. É romance, é briga, é inveja, é ciúme, é raiva, é bebedeira... Tem de tudo e mais um pouco! Eu era viciada. Hoje não sei como perdia tempo com isso, mas naquela época eu assistia todos os dias. Acho que acompanhei até a 7ª ou 8ª edição, só sei que depois que entrei pra EEAR eu não tinha acesso à TV, então fui obrigada a parar com isso. Ainda bem!
Mas esse é o reality que mais deu certo, tanto que a Globo mantém até hoje, com edições anuais que dão audiência e, principalmente, patrocínio.

O SBT tentou ir pelo mesmo caminho com o extinto Casa dos Artistas. Seguia o padrão BBB, só que eram pessoas famosas, como o nome sugere. Desse eu não gostava, acho que porque era com artista. Não sei explicar a diferença, só sei que naquela época eu não achava graça. Mas minha vó adorava e às vezes comentava comigo, acho que ela se sentia mais próxima dos atores, cantores e atletas só porque os via na TV. rsrsrs Vê que o vício é de família!

Atualmente a Record faz algo parecido em A Fazenda. A diferença é que, além de conviverem, os participantes têm que fazer atividades típicas de uma fazenda, como cuidar de animais. Também não vejo, mas sei de tudo porque minha vó faz questão de contar os detalhes pra mim como se eu estivesse realmente interessada. Na idade dela, é bom não contrariar, então deixo falar e nem presto muita atenção. hahaha! não contem isso pra ela

No estilo de No Limite, o Hipertensão também me deixava nervosa. Os participantes não precisavam lidar com questões de sobrevivência, mas passavam por provas radicais, que testavam seus medos e sua capacidade de autocontrole. Tinha prova realizada nas alturas, umas que testavam o fôlego embaixo d'água, outras que colocavam os participantes em contato com bichos nojentos... Até pizza de inseto teve. Aaaaai, que nojo! Nesse aí eu pedia arrego fácil, porque é só me mostrar uma barata pra eu desistir de qualquer coisa. Mas, como a barata não tem como sair da tela, eu via numa boa. Hahaha!

Outro que eu a-do-ra-va quando adolescente era O Aprendiz (Record). Quando foi exibido, eu tava meio que na fase de escolher o que fazer no vestibular, e Administração era uma das minhas opções. O prêmio do programa era um contrato para trabalhar na empresa patrocinadora; pra isso os participantes competiam em provas que testavam as habilidades deles: trabalho em equipe, vendas, marketing, publicidade, promoções, finanças, eventos... Era muita prova legal, e eu sempre me imaginava naquele universo. Meu desejo aumentava quando via o programa comandado por Roberto Justus. Na verdade, eu ficava com um pouco de medo da frase "você está demitido", mas acabou que eu não pude fazer o curso que eu queria, fui ser militar e hoje nem corro o risco de ouvir isso. Coisas da vida.

Indo agora pra onda dos reality musicais... Vocês sabiam que Roberta Sá e Thiaguinho foram revelados no Fama? Muita gente não sabe, especialmente essas adolescentes que se descabelam por causa do pagodeiro, mas eles participaram e não ganharam. Aliás, os vencedores das 4 edições não emplacaram e hoje ninguém nem lembra mais. O Fama, exibido pela Globo, tinha uma proposta muito legal, até mais que o The Voice (depois falo dele). Os participantes iam pra uma casa onde tinham várias aulas: canto, expressão corporal, fono, interpretação... Eles trabalhavam não apenas seus pontos fortes, mas também tinham a oportunidade de melhorar naquilo que tinham dificuldade. Todo dia passava um pedacinho do que tava acontecendo, e no fim de semana eram as apresentações e eliminações. A primeira edição aconteceu em 2002, e ao todo foram 4.

No mesmo ano, o SBT lançou o Popstars. O objetivo era selecionar 5 meninas para formar um grupo. Lembro que acompanhei as fases de seleção, eliminação, as competições individuais e coletivas... até o dia em que elas foram escolhidas. Engraçado como eu não me esqueço das cenas: elas sendo avisadas, uma a uma, se tinham passado ou não; umas chorando, outras pulando; a entrada na casa onde elas ficariam pra ensaiar e gravar... Assim de formou o Rouge. Suas músicas embalaram o início da minha adolescência, impossível esquecer. Vai dizer que você nunca dançou Ragatanga ou Brilha la luna? Dancei MUITO! Tô aqui na maior nostalgia recordando o dia em que ganhei o CD, presenteado pela minha ex-professora de piano, comprado na Fnac do Barra Shopping, cuja capa era rosa cheio de glitter. É, Rouge me marcou. E marcou também a história do SBT, foi uma das melhores sacadas deles. Pena que o grupo acabou, mas até hoje me lembro das Spice Girls brasileiras.
 O Popstars também formou o Br'oz, em 2003. Era a mesma proposta: formar uma banda com 5 integrantes, dessa vez meninos. Mas já não acompanhei tanto nem fiquei fissurada nas músicas.

Depois veio o Ídolos, e esse eu nem vi. De vez em quando rolava uns vídeos na internet daqueles candidatos bizarros que insistiam em ir pra seleção. Deviam gostar de ser zoados, só pode. Como é que uma pessoa totalmente desafinada vai pra uma competição musical? O pior é que tinha gente que realmente tinha esperança, aí eu morria de pena da sacanagem. Mas enfim... Acho que não teve nenhuma grande revelação no programa, e hoje muita gente que participou lá tenta a sorte no The Voice.

Falando dele... é o meu queridinho atualmente. Não preciso nem comentar sobre ele porque acredito que vocês saibam como funciona. É o único dia da semana em que eu assisto à TV. É quinta, é tarde, eu fico um caco na sexta, mas acompanho. E agora não me basta simplesmente ver, eu tenho que comentar. É WhatsApp com minha mãe, é opinião no Facebook... Quem é meu amigo sabe que eu bombardeio com vários posts. Estamos na 3ª temporada, e até agora não rolou nenhum destaque entre os participantes. A Ellen sumiu, o Sam tá apagadinho... Vamos ver se daqui a um tempo aparece alguém que se firme no cenário musical brasileiro.

Existem outros, de vários formatos e assuntos... Esquadrão da Moda (SBT), Mulheres Ricas (Band), The Ultimate Fighter Brasil (Globo). Nos canais fechados, então, é possível encontrar de tudo!

Pelo post enorme, dá pra ver que eu realmente gosto, né? rs! E vocês? Assistem ou já assistiram? Recomendam algum em especial pra mim?
Contem-me tudo, não me escondam nada! ;)