{ entrevista } Catherine McKenzie

Quando nos apresentou o livro Desaparecida, a Leya avisou que seria feita uma entrevista com a autora do livro. Eu li, gostei da história (confira a resenha aqui) e fiquei com umas perguntas na cabeça. É claro que não podia ficar de fora, né?
Que tal conhecer mais sobre essa ruivinha, suas inspirações e seus métodos.

Catherine McKenzie




Graduada em História e Direito pela Universidade McGill, Catherine é advogada em Montreal, onde nasceu e foi criada. Os romances de Catherine, Spin, Arranged e Desaparecida, são todos best-sellers internacionais. Seu quarto romance, Hidden, foi lançado em junho de 2013 no Canadá e na Primavera de 2014 nos EUA. Seus romances foram traduzidos para o francês, alemão, checo, eslovaco e polonês. E se você quiser saber como ela tem tempo para fazer tudo isso, a resposta é: robôs.



A personagem principal teve inspiração em você? Em algum momento teve vontade de começar do zero? (Oliver)
A personagem principal não foi baseada em mim, mas em uma história que ouvi sobre uma pessoa que ficou doente enquanto estava na África. Quando ela retornou à sua cidade, alguém estava morando em seu apartamento e todos os seus objetos foram jogados fora. Achei que esta era uma boa premissa para explorar temas sobre os quais já andava pensando. E se alguém não quisesse uma segunda chance para fazer as coisas da forma certa?

Quais são suas maiores influências literárias? Quais autores mais influenciam seu trabalho como escritora? (Loren-Louise)
É difícil escolher um único autor porque sou uma leitora voraz de diversos gêneros. Acho que o que mais influenciou minha escrita foi ler, ler e ler, possibilitando que eu aprendesse o máximo que eu pudesse sobre escrever.

A África não é comumente vista na lista de lugares mais desejados para se visitar, de onde surgiu a ideia? É algum toque pessoal seu? (Andressa Leal - Mais que Livros)
A história foi realmente baseada em outra que eu ouvi. Também tive um amigo que morou na África por cinco anos, então eu consegui escrever baseada na experiência dele.

A inserção do suspense no fim do livro trouxe bastante dinamismo a história, quando você começou a escrever o livro, você já tinha pensado em inserir esse elemento? (Andressa Leal - Mais que Livros)
Obrigada. Não tenho certeza de quando exatamente decidi adicionar o mistério ao livro, mas com certeza surgiu enquanto eu pensava no livro – um processo pelo qual sempre passo antes de começar a escrevê-lo.

Seus personagens são baseados em pessoas reais ou são totalmente fictícios? (Andressa Leal - Mais que Livros)
Totalmente fictícios.

Eu levei menos de um dia para concluir a leitura desse livro, mas quanto tempo você levou para escrevê-la? (Andressa Leal - Mais que Livros)
Ha! O primeiro rascunho demorou mais ou menos um ano para ser escrito, então vieram muitas revisões. Mas fui interrompida algumas vezes por conta de outros projetos.

Fui procurar "Tswanaland" no Google e as únicas páginas em português que aparecem são uma referência ao livro. Como você descobriu esse pedacinho da África? E por que o escolheu para ser cenário da tragédia? (Giulia - Prazer, me chamo Livro)
Eu quis descrever um país que tivesse as características geográficas que eu pensava, então olhei um mapa da África e encontrei o que procurava. Pesquisando sobre a área, descobri que parte dela foi originalmente chamada assim, ou algo similar a isso; foi daí que surgiu o nome. Acho que os nativos se chamam Tswana.

Todos nós temos uma coleção de recordações de viagem. Eu compro ímãs em cada lugar que vou, alguns juntam canecas, outros preferem enfeites. Emma gosta de guardar a terra de onde pisou. Você ou algum conhecido seu faz isso? Existe algum simbolismo ou significado dessa lembrança na vida real ou na história? (Giulia - Prazer, me chamo Livro)
Eu realmente fiz isso – guardar a terra de um lugar que estive (Ilha do Príncipe Edward¹) – quando eu era adolescente. Guardei porque era tão bonita! Mas esqueci disso até agora. Engraçado como o subconsciente funciona.
¹é uma das dez províncias do Canadá

Em algum momento você cogitou alterar o final e apresentar uma Emma totalmente transformada e altruísta? (Giulia - Prazer, me chamo Livro)
Eu deliberadamente rejeitei essa ideia porque acho que seria um desfecho previsível, é a forma que filmes desse gênero terminam: experiência de quase morte = você precisa se tornar uma pessoa melhor, diferente. Eu quis explorar o que acontece quando todo mundo quer que você aja dessa forma, mas você não.

A capa brasileira mantém alguns elementos da [capa] original - uma menina de costas na estrada carregando uma mala -, mas inova tanto no cenário quanto na inserção de elementos femininos. O que você achou dessa mudança? Isso aproxima ou afasta o leitor da essência da história? (Giulia - Prazer, me chamo Livro)
Eu realmente amei a capa brasileira, é uma das minhas favoritas de todos os meus livros. Acho que se encaixa perfeitamente ao livro.


Agradeço à Leya por ter mediado a entrevista e nos dado essa oportunidade (sabem como meu inglês é bom, né?). Agora é esperar que traduzam os outros livros da autora logo. :D zero pressão hahaha

25 comentários

  1. Oi Giu, tudo bem? Gostei bastante da entrevista, foi bem legal a ação da editora. Tenho muita vontade de ler o livro e gostei de saber da motivação e inspiração da autora. Achei interessante a sua pergunta sobre guardar a terra onde pisa, nossa, é realmente algo bem diferente a se colecionar, mas criativo... mas por enquanto eu fico com os chaveiros mesmo. E também achei legal de como ela escolheu o local em que a história foi ambientada. A capa brasileira está realmente muito bonita, mas gostei também da original. Espero que outros livros da autora cheguem ao brasil também.

    Beijinhos,

    Rafaella Lima // Vamos Falar de Livros?

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  2. Oi, Giulia, que entrevista bacana, e mais legal ainda a editora mediar! Sinto falta de mais entrevistas com autores estrangeiros, mas o idioma pode ser um obstáculo, porém a dificuldade de se fazer o contato costuma ser maior. Ainda bem que a internet e globalização ajudam.
    Todos têm seus autores preferidos, aposto que todo escritor tem seus ídolos, mas concordo com a Catherine, ler, ler e ler... Deve realmente ser a fonte principal para um autor melhorar. E a observação também.
    Achei muito bacana as curiosidades sobre a autora, mas estou é pensando até agora sobre Tswanaland! Eu não fazia ideia de que existiu este país e estou curiosa. Ele não existe mais? Não de forma independente? Uau.
    Adorei saber que a autora aprovou a capa, é muito bonita e gosto quando condiz com o conteúdo.
    Beijos.

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  3. Eu já ouvi falar bastante desse livro desaparecida e a escritora é uma fofa, nossa que cabelo e pele linda a dela!
    E como ela é inteligente. É legal isso de dar destaque ao escritor.

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  4. Ola Giulia vi a resenha aqui em seu Blog , menina como assim guardar terra de onde pisou hehe , prefiro as canecas como você rss, muito interessante ela achar esse lugar na África quase desconhecido e ser exatamente o que ela queria. Adorei a entrevista . beijos e muito sucesso a autora.

    Joyce
    www.livrosencantos.com

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  5. Oi Giulia tudo bem, veio a calhar esse entrevista né, deu para entender alguns pontos do livro que ainda não tinha compreendido! Interessante a sua pergunta!
    Bjkas
    Dani Casquet- Livros, a Janela da Imaginação

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  6. Giu! Tudo bem?
    Que delicia participar de uma entrevista ainda inter...oh, que chick!
    Eu que nem conhecia os livros dela amei conhecer! E sério, estou com ela, minha preferida é a capa nacional! Que linda e bem fofa! Que curioso guardar a terra de onde pisou! Eu junto coisinhas, sabe aquelas bugigangas compradas em feirinhas rs.
    Bjus
    http://amorromancesdagih.blogspot.com

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  7. Oii,

    Giulinhaaaaa!!! Vamos por parte, eu queria ler o livro desde que vi no seu insta, achei a capa a sinopse e adorei a sua resenha, enfim...Adorei a entrevista, eu adorei muito muito a suas perguntas. Curti essa história da terra, como eu ainda não sai de SP #vergonha.... não tenho nenhuma mania.
    Enfim, curti bastante!!!


    Beijinhos,
    www.entrechocolatesemusicas.com

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  8. Menina, o que chamou minha atenção nessa entrevista foi o fato da autora guardar terra como recordação de suas viagens, incrível. O que eu levo dos lugares que eu visito são fotos e alguma utilidade, coisas que não vejo serventia não funciona comigo.
    A capa brasileira é linda, e pelas resenhas que andei lendo tem muito a ver com a trama.

    Beijos.
    Leituras da Paty

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  9. E só deu a gente! hahaha
    Realmente, a capa brasileira é a mais linda de todas <3
    Gostei muito da sua pergunta ligada a recordação com a terra. Mais legal ainda foi a resposta dela! Nosso subconsciente realmente é algo estranho..

    Beeeijinhos ;*
    Andressa - Mais que Livros

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  10. Adoro entrevista ! E uma forma muuito gostosa de conhece mais sobre
    o autor em si! De onde vem tanto talento e como criou a historia!
    Não li nenhum obra AINDA mais confesso que estou com expectativas
    pra ler alguma!

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  11. Oi Giu! Eu adorei a entrevista, confesso que não conhecia a autora e fiquei feliz em saber mais sobre os detalhes de como ela escreveu o livro, seus personagens. Suas perguntas e da Dreeh foram ótimas. A capa brasileira é muito bonita, eu gostei.

    Beijos,
    Leitora Sempre

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  12. Adorei a entrevista, as resposta dela foram ótimas, e também adorei as perguntas que você fez, fiquei bem interessada em ler algum livro dela,

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  13. Oi, Giulia!
    Tudo bem?
    Que demais essa entrevista, adorei saber um pouquinho mais da criação do livro. Quero muito ler Desaparecida, ele está no topo dos desejados rsrs
    E OMG! achei mega bacana vocês terem feito as perguntas, ficou muito bom!

    Beijos!

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  14. Olá

    Gostei muito da entrevista, e parabéns a editora por promover essa interação entre leitores/blogueiras e escritora. A parte que mais gostei é quando ela fala das inspirações e do seu trabalho para a construção do livro.
    Abraços

    estantejovem.blogspot.com.br

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  15. Adorei ela ter se inspirado em uma história que ouviu, acho muito legal isso da pessoa não querer uma segunda chance pra mudar as coisas. Eu coleciono canecas dos lugares aonde vou, não sabia desse negócio de guardar a terra, que engraçado que a autora escreveu e nem se lembrava de ter feito isso! Tenho um amigo que pede pra gente trazer água de mar ou rio pra ele, cada um com sua mania... rs...

    Beijo!

    Ju
    http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br

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  16. Giulia!
    Gosto sempre de acompanhar as entrevistas com autores, principalmente quando não os conheço, porque assim, posso conhecer um pouco mais da pessoa e do processo criativa, o que me ajuda na hora da leitura.
    Muito boa entrevista!
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  17. Olá

    Que linda ela (tenho queda por ruivas) e ela é formada em História <3 O livro dela não faz meu estilo, mas parece ser interessante. Gostei de várias perguntas que fizeram, essa dela se basear em si mesma pra fazer um personagem eu acho sempre muito curiosa. Que legal também guardar a terra onde pisou na viagem, acho que vou fazer isso!

    Abraço!
    www.umomt.com

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  18. Eu não conhecia a autora e nem o livro dela, só vi ele por ai, mas nunca li nada sobre ele, então meio que fiquei despreparada para as perguntas em relação ao livro kkkk Bom, a autora também não se inspirou nela para criar a personagem, a maioria dos autores se inspiram em outras coisas, né? Achei bacana de onde ela tirou a inspiração e fiquei me perguntando o que eu faria se passasse por algo igual essa pessoa que ela se inspirou, eu acho que ia rodar a baiana kkkkkkkk E essa mania de guardar areia dos lugares que vai? Que negócio engraçado, nunca que ia imaginar que alguém faria isso, mas é uma mania bem original e legal, né? Quanto as capas, eu gostei mais da do meio, achei ela mais bonita, mas a brasileira não fica para trás, ela também ficou linda *-* Enfim, adorei a entrevista oo/

    Beijos :*
    Larissa - http://srtabookaholic.blogspot.com.br

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  19. Ei, Giu, tudo bem?

    Muito legal a entrevista e é ótimo quando o autor se dispõe a fazer isso, a dar uma atenção especial para os leitores. Ainda não li nenhum livro da autora, mas fiquei curiosa

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

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  20. Oi, Giu
    Muito bacana a entrevista coletiva. Essa oportunidade é ótima para sanar nossas dúvidas sobre o livro e motivações da autora. Achei muito legal a forma como ela descobriu esse local da África para ambientar sua trama e o porquê dessa ideia ter surgido.
    Confesso que também achei a capa brasileira mais bonita! :3

    Adorei e espero ler o livro. Fiquei bem curioso com o enredo!
    Abraço
    Adriano
    GeraçãoLeitura.com || http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/

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  21. Amei a entrevista! mega interessante e com ótimas respostas feitas pela autora, Além de ótimas perguntas também

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  22. Olá, moça.

    Muito bacana da parte da LeYa por os blogueiros, quem ler os livros, para realizarem perguntas a autora. Eu achei interessante algumas resposta, mas em outras achei a autora seca, sei lá, deve ser impressão minha. Não li o livro, mas acho que peguei um spoiler sobre alterar o final do livro ou não. kkk
    Queria ter esse dom de ouvir histórias boas e poder traze-las para o papel.

    Att,
    decaranasletras.blogspot.com

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  23. Oi Giu, tudo bem??
    O que mais chamou minha atenção foi a decisão dela em fazer um final contrário ao que todos esperavam, corajoso da parte dela, me deixou bem curiosa. E também, são poucos os livros que se passam na África, que é tão rica de cultura, que tem tanto a nos oferecer, a ser desvendado. Acho que vou gostar dessa história.
    Adorei ver seu nome e o da Andressa na entrevista, muito legal a editora ter aberto para vocês fazerem as perguntas.
    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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  24. Quando os autores são simpáticos assim e responder entrevistas com naturalidade contando realmente como é seu processo de criação e algumas curiosidades é bacana demais de ler e descobrir mais sobre o próprio autor, pelo que vi em resenhas a maioria gostou da história e das loucuras da Emma, perguntas interessantes e respostas melhores ainda.

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  25. Olá Giu,
    menina que entrevista maravilhosa, fiquei ate curiosa para começar a ler o livro e descobrir mais sobre o assunto.
    Mas serio, é esquisito isso de guardar terra, ou melhor, areia dos lugares. Sei lá, achei esquisito, mas cada um tem sua mania não é. Assim como você, de colecionar irmãs. rs
    Sabe o que mais me intrigou e me fez querer ler o livro? É que a autora fala que aconteceu a alguém próximo a ela, e isso poderia dizer que se baseia em um ato verídico, não é.
    Amei a entrevista e as respostas da autora.

    Beijokas Ana Zuky

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